sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Ciência terá eventos por todo o país

Começa na segunda-feira, dia 20, a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia de 2008, promovida pelo Ministério da Ciência e Tecnologia.

O tema deste ano é evolução e diversidade. Serão realizadas palestras de cientistas, oficinas e exposições gratuitas, feiras de ciência, concursos, distribuição de cartilhas e livros, exibição de vídeos em todo o Brasil.

Estão programados também dias de portas abertas em instituições de pesquisa. Biodiversidade, uso de agrotóxicos e segurança de alimentos, teorias da evolução, design, exposição sobre o corpo humano, física quântica, astronomia e uso racional de medicamentos serão alguns dos temas abordados por especialistas de todo o país, nos centros de educação, as escolas, faculdades e universidades. Vários, também, serão os estandes montados por alunos do ensino fundamental e mádio nas feiras de ciências que funcionarão no mesmo período por todo o país.

Em São Paulo, na Região Sudeste brasileira, a grande novidade será o Zoomóvel, o ônibus que reproduz em seu interior o ecossistema brasileiro. O objetivo é conscientizar o público sobre temas relacionados à conservação da fauna, da flora e do meio ambiente.

Na cidade do Rio de Janeiro, na sede da Fiocruz, haverá exibição de filmes e vídeos no Museu da Vida, além de contadores de história para crianças pequenas no Jardim dos Códigos e o Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho, da UFRJ, promoverá palestras e atividades em laboratório para alunos.
Aqui, na Região do Cariri, ao sul do Estado do Ceará quem está preparando uma semana repleta de atividades é a E.E.F. Dr. Stênio Dantas, em Missão Velha. Na sexta-feira, dia 24, acontecerá a grande culminãncia. Vale a pena conferir!!!
Mais informações no site: http://semanact.mct.gov.br/

Google é bom para o cérebro


Pesquisadores da Universidade de Los Angeles publicarão em breve um artigo no American Journal of Geriatric Psychiatry afirmando que o ato de realizar pesquisas utilizando o Google é mais estimulante para o cérebro de idosos do que ler um livro.

O estudo examinou adultos com idade entre 55 e 76 anos e que foram divididos em dois grupos: um que utiliza frequentemente a internet e que está familiarizado com tecnologia e outro que não.

Foram ligados então alguns eletrodos a essas pessoas enquanto elas navegavam pela internet ou liam um livro e ficou constatado que a atividade cerebral nas áreas destinadas a tomadas de decisões e raciocínio era duas vezes maior naqueles que estavam acessando o Google.

Para Gary Small, um dos responsáveis pela pesquisa, "os resultados são encorajadores: tecnologias computadorizadas emergentes podem ter resultados fisiológicos e potenciais benefícios para adultos de terceira idade e idosos." Ele acredita ainda que "pesquisas na internet envolvem complicadas atividades cerebrais, o que pode ajudar a exercitar e melhorar funções cerebrais."

Fonte: Meio Bit (16.10.2008)

Jimmy Wales, fundador da Wikipedia, no Centro Cultural São Paulo, 10 de novembro

Jimmy Wales, fundador da Wikipedia, estará no Brasil e participará de discussão sobre produção colaborativa de conhecimentos livres.

Os desafios e oportunidades para produção colaborativa de conhecimentos livres no Brasil é tema de debate no Centro Cultural São Paulo, às 19h30 do dia 10 de novembro de 2008 (segunda-feira).

O evento, nomeado WikiBrasil: Mutirão de Conhecimentos Livres, celebra também o início da atuação da WikiMedia no Brasil.Jimmy Wales, fundador da Wikipedia, participará da discussão em formato não-linear com convidados. Já estão confirmadas as presenças de Ethevaldo Siqueira, Gilberto Dimenstein, Gilson Schwartz, Karen Worcman, Ladislau Dowbor, Lala Dezeinhelin, Reinaldo Pamponet, Renato Rovai, Sérgio Amadeu, entre outros.

As inscrições ocorrerão pela internet em hotsite dedicado ao evento. A bilheteria do Centro Cultural São Paulo distribuirá, uma hora antes do início do debate, senhas gratuitas para a sala Adoniran Barbosa, com capacidade para até 600 pessoas. Os interessados de outras localidades poderão enviar perguntas e acompanhar o evento pela internet.

NA WIKIPEDIA VOCÊ PODE ENCONTRAR MAIS DETALHES DA BIOGRAFIA DE JIMMY WALLES.

Jimmy Donal "Jimbo" Wales (Huntsville, 7 de agosto de 1966) é um empresário estadunidense de Internet, mais conhecido pelo público como o fundador, em 2001, do projeto livre Wikipédia. Atualmente, ele é membro do conselho de administradores da Fundação Wikimedia e é um dos fundadores da Wikia, uma propriedade privada de serviço livre de hospedagem de sites criado em 2004.

Juntamente com Larry Sanger, Wales ajudou a popularizar a tendência do desenvolvimento da web que visa facilitar a criatividade, a educação e o conhecimento humano de acesso livre, por meio da colaboração compartilhada entre usuários. Com o produto de seu trabalho com a Wikipédia, que se tornou a maior enciclopédia do mundo, a revista Times listou Wales como uma das pessoas mais influentes do mundo em 2006.


Este texto foi copiado do site WikiBrasil - Mutirão de Conhecimentos Livres

Obras de Glauber Rocha agora na internet

Na última terça-feira, dia 14, a associação Tempo Glauber, responsável pela preservação da obra do cineasta baiano Glauber Rocha, lançou um banco de dados inédito com a obra completa do diretor.

Na última terça-feira, dia 14, a associação Tempo Glauber, responsável pela preservação da obra do cineasta baiano Glauber Rocha, lançou um banco de dados inédito com a obra completa do diretorfonte: Revista Fórum (16.10.2008)O acervo informatizado, que estará disponível através do site http://www.tempoglauber.com.br/, traz cem mil itens digitalizados, extraídos de material original mantido no Centro de Documentação Lúcia Rocha.

Os arquivos, disponíveis para consulta e pesquisa, variam entre documentos pessoais, filmografia, correspondência, produção intelectual (roteiros cinematográficos e teatrais, romances e poesias, storyboards e croquis, desenhos, ensaios e críticas e anotações pessoais), além de fotografias, recortes de jornais e revistas, documentos audiovisuais, cartazes, títulos e menções honrosas, trabalhos e fotografias de terceiros e material em suportes VHS, DVD, tape e fitas de rolo (áudio).

A criação do acervo digital, realizada em parceria com o Arquivo Nacional, faz parte do projeto “Tempo Glauber Revitalizando a Cultura”, que conta com o patrocínio da Petrobras através dos incentivos da Lei Rouanet e do Fundo Nacional de Cultura. Durante o evento de lançamento, foi exibido ainda um documentário em DVD que traz todo o processo de criação do banco de dados, e que recebe o mesmo nome do projeto.

É preciso ouvir a voz do professorado

O dia do Professor, comemorado por poucos, mas convenientemente alardeado por aqueles que há bem pouco consideram os mesmos a escória do ensino público, é preciso que a toda sociedade repense e aja para que seu importante papel na construção de uma sociedade mais justa para todos seja retomado.

A imagem do professorado da escola pública está desgastada. A cobertura da educação na mídia é o espelho desse desgaste. Uma vez ao ano, no Dia do Professor, os meios de comunicação esforçam-se para mostrar profissionais travestidos de heróis – sempre um exemplo individual de uma pessoa boa e comprometida que não exerce uma profissão, mas sim um sacerdócio.
No coletivo, como categoria profissional, o professorado de escola pública só aparece na mídia de forma negativa. Quase sempre a ele é imputada a responsabilidade por todos os males do ensino: ou é mal formado, ou sem interesse, ou falta muito às aulas, ou é incompetente, ou é corporativo – só pensa no salário e na carreira e não nos alunos –, ou, ainda, é um coitado, vítima da violência dos próprios alunos.

Quase sempre a voz que aparece nos meios de comunicação é a voz dos dirigentes ou dos chamados especialistas; nunca do professorado. Entre os “especialistas”, ultimamente, quem mais tem falado são os empresários. Falam do sentido de uma educação para o desenvolvimento e para a economia, criticam o modelo de gestão, falam em produtividade do sistema e em como obter melhores respostas com menores custos. Se pudessem, substituiriam os professores por máquinas, pois estas podem ser domadas.

As soluções apresentadas para a melhoria da qualidade sempre são definidas independentemente dos professores, por cima deles, considerando que eles são pacientes das reformas – e não agentes. Afinal, se são culpados por todos os males, por que então tomá-los em consideração?

O silêncio dos professores e das professoras da escola pública é um reflexo de dois fenômenos complementares: de um lado, a desvalorização do trabalho do docente; por outro, a existência de mecanismos repressivos que impedem o seu livre expressar.

Já de há muito o trabalho docente vem deixando de ser considerado fundamental. Seu lugar social e seu papel foram sendo desprestigiados pelas contínuas reformas educativas que, em seu nome, são implementadas. Inicialmente, pela constante desvalorização do seu salário – o que torna o trabalho docente desprestigiado frente às demais categorias profissionais, além de evasão de quadros e da superexploração daqueles que têm que estar em muitos lugares ao mesmo tempo para poder pagar as suas contas. O excesso de trabalho, além de prejudicar sua saúde, não permite que o professor prepare bem as suas aulas, que se atualize, que mantenha condições de ter um acompanhamento mais próximo dos seus alunos. Dessa forma, o professor é levado a se desumanizar e passa a ser um “dador” de aulas, que entra na sala quase sempre de forma mecânica para cumprir suas muitas jornadas de trabalho. Sua voz tende a ser a da repetição – e não a da criação, da discussão, da produção de conhecimentos.

Mas as reformas também pouco se preocupam com a prática do professor, com sua experiência de trabalho; afinal, dizem os dirigentes, é preciso instrumentalizá-lo para que exerça sua profissão com qualidade. Não é necessário pensar, basta um currículo centralizado, um material didático descritivo nas suas mãos e orientações de como transmitir o conteúdo. As avaliações de massa servem para que os alunos se comparem quanto a seu desempenho no jogo do mercado educacional e assim busquem, por vontade própria, aprender o não aprendido ou mudar de escola ou de professor. E assim vamos seguindo de reforma em reforma, de cima para baixo, tentando fazer da profissão docente uma peça na engrenagem constituída de fora para dentro das salas de aulas.

Então por que os professores não se expressam sobre suas condições de trabalho, sobre as mudanças que julgam necessárias, sobre o ofício de docente? Em conversas com jornalistas sobre a ausência da voz do professorado nas reportagens e matérias sobre políticas educacionais, foi identificado o tolhimento da sua expressão livre, baseado em mecanismos repressivos explícitos ou não.

Uma das formas de tolhimento da voz do professor é o Estatuto dos Funcionários Públicos. Conforme levantamento realizado pelo Observatório da Educação da Ação Educativa em 25 estados do País, em 18 deles professores e outros servidores têm sua liberdade de expressão cerceada. O texto varia entre os estados, mas, de modo geral, “tem o mesmo sentido: proíbe que funcionários públicos emitam publicamente opinião a respeito de atos da administração. Na prática, o estatuto permite que a crítica a uma política pública de educação, por exemplo, seja punida como referência depreciativa”. Dos 18 estados identificados, em 10 os estatutos foram produzidos durante a ditadura militar e até o momento não houve revogação; nos outros 8 estados, as leis já nasceram inconstitucionais, pois foram elaboradas na década de 1990.

Aplicado ou não o estatuto nos dias de hoje, a grande verdade é que ele permanece como uma espada sobre a voz pública do professor, condicionando-o a pedir permissão a seus superiores para poder expressar sua opinião, em particular em relação às políticas de seus governos.
A escola pública tem sido muito criticada, mas não há condições de resgate da sua qualidade sem a participação ativa dos seus professores e professoras. Participação ativa significa uma participação humanizadora, respeitadora da sua condição de profissional, que é ao mesmo tempo transmissor de conhecimentos, mas fundamentalmente produtor de conhecimentos.

Isso significa que respeitar sua dignidade é respeitar sua capacidade de analisar sua prática e construir os instrumentos e conhecimentos necessários a seu aprimoramento como profissional. Só há aprendizagem quando ocorre de dentro para fora, quando o docente se identifica em sua prática cotidiana como profissional e faz dela seu vínculo com seus alunos, com seus colegas, com a comunidade onde a escola está inserida.

O professor é o principal elo entre o aluno, sua vida e o conhecimento. Só ele é capaz de impor qualidade; isso significa que seu papel e sua voz são fundamentais. Reformas educativas que não consideram isso tendem a violentar a profissão docente e estão fadadas ao fracasso. Leis que amordaçam o professorado ou criam ambientes de tolhimento da liberdade de expressão tendem a calar a participação docente com sua experiência e conhecimentos como o principal instrumento para a melhoria da escola pública. A voz do professorado é essencial na construção da educação pública, universal e de qualidade; por isso...


Fala, mestra! Fala, mestre!