sexta-feira, 20 de março de 2009

Quem é verdadeiramente o Sr.Gilmar Mendes

Jornalista da revista Carta Capital denuncia que programa da TV Câmara que tratava das supostas revelações contidas no computador apreendido pela Polícia Federal na casa do delegado Protógenes Queiroz, referentes à Operação Satiagraha, foi retirado da página da TV a pedido do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes. Leandro Fortes escreveu carta dirigida a jornalistas brasileiros relatando o caso e protestando contra a censura.O jornalista Leandro Fortes, da revista Carta Capital, escreveu uma carta aberta aos jornalistas brasileiros denunciando a prática de censura por parte do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes. Segue a íntegra da carta e um dos trechos do programa, disponível no Youtube:
"No dia 11 de março de 2009, fui convidado pelo jornalista Paulo José Cunha, da TV Câmara, para participar do programa intitulado Comitê de Imprensa, um espaço reconhecidamente plural de discussão da imprensa dentro do Congresso Nacional. A meu lado estava, também convidado, o jornalista Jailton de Carvalho, da sucursal de Brasília de O Globo. O tema do programa, naquele dia, era a reportagem da revista Veja, do fim de semana anterior, com as supostas e “aterradoras” revelações contidas no notebook apreendido pela Polícia Federal na casa do delegado Protógenes Queiroz, referentes à Operação Satiagraha.Eu, assim como Jailton, já havia participado outras vezes do Comitê de Imprensa, sempre a convite, para tratar de assuntos os mais diversos relativos ao comportamento e à rotina da imprensa em Brasília. Vale dizer que Jailton e eu somos repórteres veteranos na cobertura de assuntos de Polícia Federal, em todo o país. Razão pela qual, inclusive, o jornalista Paulo José Cunha nos convidou a participar do programa.
Nesta carta, contudo, falo somente por mim.Durante a gravação, aliás, em ambiente muito bem humorado e de absoluta liberdade de expressão, como cabe a um encontro entre velhos amigos jornalistas, discutimos abertamente questões relativas à Operação Satiagraha, à CPI das Escutas Telefônicas Ilegais, às ações contra Protógenes Queiroz e, é claro, ao grampo telefônico – de áudio nunca revelado – envolvendo o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Gilmar Mendes, e o senador Demóstenes Torres, do DEM de Goiás. Em particular, discordei da tese de contaminação da Satiagraha por conta da participação de agentes da Abin e citei o fato de estar sendo processado por Gilmar Mendes por ter denunciado, nas páginas da revista Carta Capital, os muitos negócios nebulosos que envolvem o Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP), de propriedade do ministro, farto de contratos sem licitação firmados com órgãos públicos e construído com recursos do Banco do Brasil sobre um terreno comprado ao governo do Distrito Federal, à época do governador Joaquim Roriz, com 80% de desconto. Terminada a gravação, o programa foi colocado no ar, dentro de uma grade de programação pré-agendada, ao mesmo tempo em que foi disponibilizado na internet, na página eletrônica da TV Câmara. Lá, qualquer cidadão pode acessar e ver os debates, como cabe a um serviço público e democrático ligado ao Parlamento brasileiro. O debate daquele dia, realmente, rendeu audiência, tanto que acabou sendo reproduzido em muitos sites da blogosfera.
Qual foi minha surpresa ao ser informado por alguns colegas, na quarta-feira passada, dia 18 de março, exatamente quando completei 43 anos (23 dos quais dedicados ao jornalismo), que o link para o programa havia sido retirado da internet, sem que me fosse dada nenhuma explicação. Aliás, nem a mim, nem aos contribuintes e cidadãos brasileiros. Apurar o evento, contudo, não foi muito difícil: irritado com o teor do programa, o ministro Gilmar Mendes telefonou ao presidente da Câmara dos Deputados, Michel Temer, do PMDB de São Paulo, e pediu a retirada do conteúdo da página da internet e a suspensão da veiculação na grade da TV Câmara. O pedido de Mendes foi prontamente atendido.Sem levar em conta o ridículo da situação (o programa já havia sido veiculado seis vezes pela TV Câmara, além de visto e baixado por milhares de internautas), esse episódio revela um estado de coisas que transcende, a meu ver, a discussão pura e simples dos limites de atuação do ministro Gilmar Mendes. Diante desta submissão inexplicável do presidente da Câmara dos Deputados e, por extensão, do Poder Legislativo, às vontades do presidente do STF, cabe a todos nós, jornalistas, refletir sobre os nossos próprios limites. Na semana passada, diante de um questionamento feito por um jornalista do Acre sobre a posição contrária do ministro em relação ao MST, Mendes voltou-se furioso para o repórter e disparou: “Tome cuidado ao fazer esse tipo de pergunta”. Como assim? Que perguntas podem ser feitas ao ministro Gilmar Mendes? Até onde, nós, jornalistas, vamos deixar essa situação chegar sem nos pronunciarmos, em termos coletivos, sobre esse crescente cerco às liberdades individuais e de imprensa patrocinados pelo chefe do Poder Judiciário? Onde estão a Fenaj, e ABI e os sindicatos?
Apelo, portanto, que as entidades de classe dos jornalistas, em todo o país, tomem uma posição clara sobre essa situação e, como primeiro movimento, cobrem da Câmara dos Deputados e da TV Câmara uma satisfação sobre esse inusitado ato de censura que fere os direitos de expressão de jornalistas e, tão grave quanto, de acesso a informação pública, por parte dos cidadãos. As eventuais disputas editoriais, acirradas aqui e ali, entre os veículos de comunicação brasileiros não pode servir de obstáculo para a exposição pública de nossa indignação conjunta contra essa atitude execrável levada a cabo dentro do Congresso Nacional, com a aquiescência do presidente da Câmara dos Deputados e da diretoria da TV Câmara que, acredito, seja formada por jornalistas.
Sem mais, faço valer aqui minha posição de total defesa do direito de informar e ser informado sem a ingerência de forças do obscurantismo político brasileiro, apoiadas por quem deveria, por dever de ofício, nos defender.
Leandro Fortes Jornalista Brasília, 19 de março de 2009

Foram enviadas cópias desta carta para Sérgio Murillo de Andrade, presidente da Federação Nacional de Jornalistas (Fenaj); Maurício Azedo, presidente da Associação Brasileira de Imprensa (ABI); e Romário Schettino, presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Distrito Federal (SJPDF)
Devemos ficar mais atentos com a forma que este Ministro do Supremo atua. “Só falta agora ele querer calar a sociedade brasileira com seu pedantismo.”
Por:Sandro Leonel
PS-O vídeo no Youtube tem o seguinte titulo: Por que Gilmar Mendes censurou programa da TV Câmara.

terça-feira, 17 de março de 2009

Congressos e Cursos de Geografia e Ciências afins.

EVENTOS – 2009

- XIX ENCONTRO NACIONAL DE GEOGRAFIA AGRÁRIA – XIX ENGA. Formação e contemporaneidade da diversidade sócio-espacial no campo. Universidade de São Paulo, 02 a 07 de fevereiro de 2009.
http://www.geografia.fflch.usp.br/inferior/laboratorios/agraria/Programação_ENGA_30_anos.htm

- ENCONTRO NORTE-NORDESTE DA ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA EM GEOGRAFIA – ANPEGE. FORTALEZA, 25 A 27 DE MARÇO DE 2009 - PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GEOGRAFIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ – UFC

- XII ENCONTRO DE GEÓGRAFOS DA AMÉRICA LATINA – “Caminhando numa América Latina em transformação”. Universidad de la República, Montevideu, Uruguai 3 a 7 de abril de 2009http://www.egal2009.com

- II SEMINÁRIO DE HISTÓRIA E CULTURA HISTÓRICA - 80 anos dos Annales: contribuições historiográficas - Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal da Paraíba, 20 e 23 de abril de 2009.

- VIII Encontro Nacional e I Encontro Internacional com o Pensamento de Milton Santos. “Lugar-Mundo: Perversidades e Solidariedades”. Natal, RN, 13 a 15 de maio de 2009 - Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN. http://www.cchla.ufrn.br/geoesp/milton/#

- 61ª Reunião Anual da SBPC. AMAZÔNIA: CIÊNCIA E CULTURA. Manaus, AM, 12 a 17 de julho de 2009 - Universidade Federal do Amazonas – UFAM. http://www.sbpcnet.org.br/manaus/

- XIII SBGFA - SIMPÓSIO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA FÍSICA APLICADA. Universidade Federal de Viçosa. Viçosa, MG, 06 a 10 de julo de 2009. http://www.geo.ufv.br/simposio

- X ENCONTRO REGIONAL DE ESTUDOS GEOGRÁFICOS: Geografia e (Des)envolvimento da/na Região Nordeste: uma leitura crítica geográfica. Campina Grande, PB, 22 a 25 de julho de 2009 - Associação dos Geógrafos Brasileiros – AGB/Seção Campina Grande (Seções locais Aracaju, Fortaleza, Guarabira, João Pessoa e Recife).

- 10º Encontro Nacional de Prática de Ensino em Geografia – ENPEG. Porto Alegre, RG, 30, 31 de agosto e 01 e 02 de setembro de 2009. Campus Central da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. http://www.ufrgs.br/faced/enpeg/

- XII Congresso da Associação Brasileira de Estudos do Quaternário - IV Congreso Argentino de Cuaternario y Geomorfología - II Reunión sobre el Cuaternario de América del Sur. La Plata, Argentina, 21-23 de setembro de 2009. http://www.abequa.org.br/

- XI Simpósio Nacional de Geografia Urbana - XI SIMPURB: VINTE ANOS DE REFLEXÕES SOBRE O URBANO E A CIDADE - Transformações e tendências. Universidade de Brasília, DF, 01 a 04 de Setembro de 2009. www.xisimpurb.unb.br

- VIII Encontro Nacional da Anpege
Curitiba/PR – 28 de setembro a 02 de outubro de 2009
http://www.anpege.org.br/

- Seminário História do Pensamento Geográfico – Novembro 2009
(Ano França no Brasil – de 21 de abril a 15 de novembro). PPGG/UFPB

segunda-feira, 16 de março de 2009

A PRODUÇÃO DO ESPAÇO E O ESTADO

A PRODUÇÃO DO ESPAÇO E O ESTADO

Prof.Sandro Leonel

O que é Estado?Conjunto das instituições que formam a organização político-administrativa de um povoou nação: o Governo, Forças Armadas, as escolas públicas, as prisões, os tribunais hospitais públicos etc.
O Governo é a cúpula administrativa que comanda o estado, e a diferença entre estado e governo é que o governo é somente parte do estado enquanto o estado é mais amplo engloba outros setores alem de compreender as esferas municipal estadual e federal. E todas as atividades estão ligadas a ele.
Dessa forma cada estado corresponde a um povo ou nação, mas existem estado como do Canadá, que não correspondem a uma nação pois existe uma província chamada Quebec que gostaria de ter seu próprio território, existem também outros estados como Israel e palestina que encontram em constantes conflitos e que sonham com a criação do seu próprio território.
O estado engloba todas as funções que não são particulares, a escola, a economia, arrecadação de impostos, o cidadão, todos de alguma forma sofrem a influencia do Estado.Na construção do espaço o estado é muito importante pois representa o poder público de uma sociedade, o estado tem a função na sociedade moderna de implantar a infra-estrutura, como asfalto de água e energia elétrica esgoto e outras obras que facilitam a implantação por parte das empresas particulares de grandes industrias.Enquanto as indústrias montam suas estruturas o governo montam para as empresas a infra-estrutura para que elas possam obter seus lucros cada vez maiores e o Estado possa receber seus impostos. O lucro de uma empresa depende da infra-estrutura do local onde esta localizada a sua empresa.
De 1930 até 1970 as empresas cresceram muito, e o estado era pouco influente sendo percebido somente nas capitais, nesse período as empresas eram estatizadas com a intenção de fortalecer a influência política e econômica do Estado sobre o sociedade (cidadão e empresas).A partir de 1970, essa ordem se inverteu, o Estado passou a privatizar empresas equilibrando o poder de decisão do Estado e as empresas, para que as empresas investissem em novas tecnologias. O Estado passou a comandar a política financeira através de importação e exportação. Com isso sempre que alguma mercadoria estivesse com a demanda maior que a oferta o governo recorria ao mercado internacional.Desde os anos 90, governos e imprensa falam de uma nova ordem mundial, uma correlação de forças no plano internacional de equilíbrio mundial entre estados nacionais.
A Geopolítica. Ordem Multipolar:Existem múltiplas grandes potencias mundiais que disputavam a hegemonia internacional – existia desde antes da segunda Guerra mundial. Apartir de 1945 a ordem existente desmoronou completamente os impérios existentes foram se arruinando e ocorreu a descolonização das nações da África.
Ordem Bipolar:Após a segunda guerra mundial nasceu a ordem bipolar, paises europeus sofreram muitas perdas com a Guerra, a Alemanha foi a grande perdedora e foi dividida em duas “ocidental e Oriental”, o Japão também ficou arrasado foi o único pais do mundo a sofrer os efeitos da bomba atômica.Os Estados unidos e A Rússia foram os grandes vencedores, as atividades industrial nos Estados Unidos desenvolveram muito. Por outro lado a União Soviética apesar das perdas com a Guerra saiu fortalecida no final, a “Bipolaridade” o mundo dominado por duas grandes potencias.Guerra Fria:Surgimento do Bloco Socialista (bloco oriental) que ocorreu após a segunda Guerra mundial, apenas a União Soviética e a Mongólia adotavam o socialismo (economia Planificada), depois vários outros paises seguiram o exemplo Soviético: antiga Iugoslávia, Albânia, Alemanha oriental, e Bulgária, em 1945 a Polônia e Romênia em 1947, a ex-Tchecolosváquia e Coréia do norte em 1948, a China e Hungria em 1949 e mais tarde em Cuba Vietnã, Laos, Comborja e outros.O bloco ocidental, ou capitalista, liderado pelos Estados Unidos e o bloco oriental ou Socialista liderado pela Rússia cada um com a sua área de influencia.A Guerra Fria consistiu numa rivalidade disputa pela hegemonia mundial, foi uma disputa econômica, política e psicológica, onde cada potencia mostrava sua superioridade na tentativa de conseguir mais aliados.Assim de 1945 até o fim de 1980 a União Soviética procurou enfraquecer os governos aliados aos estados unidos. Para isso sustentava os movimentos guerrilheiros contrários aos governos e apoiavam a política Soviética.Por outro lado os Estados Unidos usavam argumentos parecidos para justificar suas atitudes mantendo uma política semelhante a política adotada pelos Soviéticos.A União Soviética dizia representar o Socialismo, e defendia o mundo contra a exploração capitalista e a agressividade norte americana. Por sua vez os americanos batalhavam pela democracia e liberdade contra o totalitarismo soviético.
A Crise da Bipolaridade:As duas superpotências entrou em colapso nos anos 80, entre 89 e 1991 esse colapso foi o resultado do esgotamento das economias planificadas (socialista) e o surgimento de novos pólos mundiais de poder , a União européia, o Japão e mais recentemente a China.
As economias planificadas era o alicerce do socialismo a partir dos anos 80 entraram em crise pelos seguintes motivos: não conseguiram acompanhar a terceira revolução industrial (revolução técnico- cientifico ) empresas flexíveis tomadas de decisão rápidas. A planificação nunca foi muito eficiente determinava de cima para baixo. fatos inesperados aconteciam e atrapalhavam a concretização dos planos que eram qüinqüenais. Também havia falta de motivação para a inovação tecnológica das empresas pois todas eram estatais, por fim a homogeneização salarial quase todos os trabalhadores ganhavam os mesmos salários e residiam em casas semelhantes.
Os novos pólos mundiais advento do surgimento de novas potencias econômicas do globo faz voltar a era da multipolaridade mas alguns autores preferem dizer que existe apenas uma grande potencia para estes vivemos uma nova ordem denominada Unimultipolar onde os Estados Unidos é a única grande potencia.