terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Número de instituições de ensino superior cai pela 1ª vez em cinco anos

O número de instituições de ensino superior caiu no país pela primeira vez em cinco anos, mostra o Censo de Educação Superior 2008, divulgado nesta sexta-feira (27), pelo Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), órgão vinculado ao Ministério da Educação (MEC). No entanto, essa mudança de tendência não se refletiu na oferta de vagas para os estudantes.

O crescimento de vagas foi de 5,7%: de 2.823.942 em 2007, passou para 2.985.137 no ano seguinte. O número de cursos também aumentou em 5,2% e o Brasil terminou o ano com 24.719 cursos em funcionamento -72% (ou 17.947) em instituições privadas.

O censo mostra que o Brasil tinha 2.252 instituições públicas e privadas de ensino superior, entre universidades, centros universitários e faculdades no ano passado. O número de unidades é 1,3% menor do que o que foi registrado no levantamento de 2007, quando havia 2.281 estabelecimentos no país. A redução de 29 unidades pode ser explicada por fusão ou compra entre as instituições, avalia o Inep.

Educacenso mostra estabilidade na matrícula da educação básica

Dados consolidados do Censo Escolar da Educação Básica mostram que há 52.580.452 estudantes matriculados, uma ligeira queda de 1,2% em relação ao censo de 2008.

A redução da taxa de natalidade e a melhoria do fluxo escolar estão estabilizando o número de matrículas da educação básica no Brasil. A opinião é do presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Reynaldo Fernandes, ao divulgar o Censo Escolar da Educação Básica, quinta-feira, dia 30. Os dados consolidados mostram que há 52.580.452 estudantes matriculados, uma ligeira queda de 1,2% em relação ao censo de 2008.

Na educação infantil, o crescimento no número de matrículas foi de 0,6%, por causa do aumento nas matrículas em creches, de 8,3%. Já a pré-escola apresentou queda de dois pontos percentuais, pó causa do aumento das escolas que aderiram ao ensino fundamental de nove anos. Já o ensino fundamental apresentou queda de 1,2% em relação a 2008. No ensino médio a queda foi de 0,3%. Já na educação profissional as matrículas subiram 8,3%.

O Inep destaca ainda aumento das matrículas na zona rural: creche (5,7%), ensino médio regular (9,4%) e ensino médio da educação de jovens e adultos (7,3%).

Dos alunos matriculados na 197.468 escolas de educação básica, 45.270.710 estão em escolas públicas (86,1%) e 7.309.742 na rede privada (13,9%). As redes municipais são responsáveis por 24.315.309 matrículas (46,2%).

A redução das matrículas na educação especial, diz o Inep, se explica em função da inclusão dos alunos com deficiência em classe regulares de ensino. Hoje, 61% dos alunos da educação especial estão matriculados em classes regulares.

Nove anos

O Censo Escolar da Educação Básica mostra ainda que 59% dos alunos que iniciam o ensino fundamental já estão matriculados no modelo de nove anos. É um crescimento de 12,5% em relação a 2008. O ensino fundamental de 9 anos foi criado por uma lei em 2005. A nova faixa etária vai dos 6 aos 14 anos (do 1° ao 9° ano). As redes de ensino têm até 2010 para começar a implantar a mudança.

Segundo a Agência Brasil, há grandes diferenças regionais. Estados como Mato Grosso do Sul, Goiás, o Rio de Janeiro, Minas Gerais, a Paraíba, o Rio Grande do Norte, o Ceará, o Tocantins e Rondônia já têm mais de 95% das matrículas no ensino fundamental de nove anos. Enquanto isso, Roraima, Amapá e Pará ainda tem menos de 20% dos estudantes no novo modelo.

A educação básica compreende a educação infantil (creche e pré-escola), o ensino fundamental, o ensino médio, a educação profissional, a educação especial e a educação de jovens e adultos (fundamental e médio).

Analise o Educacenso

ENEM 2009: Estudantes podem conferir o local de prova na internet

O sistema de consulta aos novos locais de prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2009 já está à disposição dos estudantes. Além do sistema, os candidatos contam, para saber os locais de prova, com as informações contidas no cartão de confirmação de inscrição, enviado pelos Correios. A busca pode ser feita também pelo telefone 0800 616161.

Os inscritos devem estar atentos aos canais de informação disponíveis e verificar o locar exato da prova. Toda a logística de distribuição dos locais foi redefinida em relação ao exame que seria realizado em outubro.


As provas serão aplicadas no sábado, 5, das 13h às 17h30 (duas provas), e no domingo, 6, das 13h às 18h30 — no domingo, com duas provas e redação, a duração será maior. Será considerado o horário oficial, de Brasília.


Os locais das provas podem ser conferidos na página eletrônica do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep).

Ensino-aprendizagem: Método de escola paranaense atrai estudantes especiais

O Colégio Estadual Prefeito Joaquim da Silva Mafra, de Guaratuba, litoral do Paraná, está comprometido com a inclusão. Entre os cerca de 1,6 mil alunos matriculados nas séries finais do ensino fundamental e no ensino médio, sete têm necessidades especiais — três são surdos, três têm deficiência mental e um, paralisia cerebral.

De acordo com a coordenadora pedagógica da instituição, Jaqueline Mistura, o primeiro estudante com necessidade especial a chegar à escola, há seis anos, era surdo. Logo em seguida, foi matriculado um com paralisia cerebral. Os demais alunos foram chegando, atraídos pelo bom atendimento e pelas melhorias apresentadas pela instituição de ensino. “Nossa diretora tem visão inclusiva. Ela e uma orientadora educacional, já aposentada, encabeçaram o processo de inclusão na escola”, conta Jaqueline.

O Colégio Joaquim Mafra é hoje referência no ensino de surdos e centraliza o atendimento de estudantes com problemas de audição. A instituição passou por reformas para garantir a acessibilidade. Foram construídas rampas e banheiro especial. As portas foram alargadas. Houve também a preocupação em garantir a presença de profissionais capacitados para o atendimento de alunos especiais. Segundo Jaqueline, muitos professores têm curso de pós-graduação na área de educação especial.

Aceitação — A chegada de Anderson, o aluno com paralisia cerebral, levou o colégio a construir um triciclo para que ele possa se movimentar facilmente. Anderson está no primeiro ano do ensino médio e não enfrenta problemas de aceitação. “Todos o ajudam”, diz Neide Carneiro Silva, professora de matemática. Ela leciona em oito turmas diferentes e dá aulas para a turma de Anderson há três anos. Para ela, o trabalho não é difícil.

Neide já deu aulas para um aluno com dificuldades semelhantes. A diferença, agora, é que Anderson conta com a ajuda de uma professora de apoio pedagógico, encarregada de adaptar o conteúdo para ele. “Assim é bem melhor”, afirma. Além disso, o estudante usa um computador especialmente adaptado.

O pai de Anderson, Ricardo Pascoal França, aplaude a política de inclusão e diz que o garoto se adaptou à escola e a escola a ele: “Todos os professores já se acostumaram com o Anderson. Mesmo que a professora de apoio não esteja, eles sabem o que fazer para ajudá-lo”, destaca.

Formação do professor: Cursos oferecem 350 mil vagas a docentes de todo o país para qualificação

Estão abertas até 30 de janeiro de 2010 as pré-inscrições para os cursos de formação continuada do Plano Nacional de Formação de Professores. São oferecidas cerca de 350 mil vagas para docentes de todos os estados, para qualificação. Os cursos, gratuitos, são destinados a professores em exercício na rede pública.

Os cursos ofertados são nas modalidades presencial e a distância, em diversas áreas, como estratégias pedagógicas, história para as séries finais do ensino fundamental, mídias na educação e tecnologias. Podem se inscrever professores que possuem formação específica para o magistério no nível médio (técnico ou normal) e os professores com licenciatura ou pedagogia.

São cursos de menor duração, de extensão e ou de atualização, com carga horária entre 40 e 300 horas, oferecidos pelas secretarias do Ministério da Educação em parceria com instituições de ensino superior federais e estaduais, institutos técnicos, estados e municípios.

Além disso, há mais de 4 mil vagas para especialização em 18 estados. Para esses casos, é necessário que os professores tenham se graduado em algum curso de licenciatura ou pedagogia. A recomendação é que o docente que já fez sua pré-inscrição em cursos de formação inicial não se inscreva nos cursos de formação continuada com mais de 40 horas ou de especialização. O objetivo é evitar sobreposição e sobrecarga de trabalho dos professores.

Para participar, o professor deve acessar a Plataforma Freire, cadastrar seu currículo, escolher e se inscrever em um curso de formação continuada. A secretaria estadual ou municipal de educação a que o professor pertence analisará e validará a pré-inscrição. Após esta etapa, a secretaria autoriza a participação no curso e comunica à instituição de ensino superior, que matricula o professor no curso, faz a sua formação e o certifica. A validação dessa etapa acontecerá em fevereiro de 2010. A previsão é que as aulas comecem no primeiro semestre do próximo ano.

Dos dias 1º a 18 de dezembro, as secretarias municipais e estaduais de Educação poderão rever a indicação dos desafios a serem enfrentados por suas redes de ensino e indicar os cursos de formação continuada que melhor atendam suas escolas. Os diretores das escolas foram consultados sobre as necessidades de formação do corpo docente.

Lançado em 28 de maio pelo Ministério da Educação, o Plano conta com um investimento de R$ 1,9 bilhão para formação inicial e continuada dos professores da rede pública de ensino do país até 2011.

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Instituições de ensino superior interessadas em aderir ao Programa Universidade para Todos (ProUni) têm até o dia 11 de dezembro para emitir o termo de adesão ao programa.

Instituições de ensino superior interessadas em aderir ao Programa Universidade para Todos (ProUni) têm até o dia 11 de dezembro para emitir o termo de adesão ao programa. O ProUni concede bolsas de estudos parciais e integrais a estudantes de cursos de graduação e cursos sequenciais em instituições privadas de educação superior. As instituições que aderem ao programa recebem isenção de tributos.

A Portaria Normativa n. 15, que estabelece os procedimentos referentes ao processo seletivo do primeiro semestre de 2010, foi publicada nesta segunda-feira, 30 de novembro, no Diário Oficial da União.

Alunos mostram trabalhos na III Feira Estadual de Ciências

“Farol da Leitura”, “Calhambeque do Futuro” e “Amigos da Renda: Tecendo o Amanhã” estão entre os 104 projetos que serão apresentados na III Feira Estadual de Ciência e Cultura, promovida pela Secretaria da Educação(Seduc), a partir de hoje, 30, a 2 de dezembro, das 8h30min, às 17 horas, no Hotel Praia Centro(avenida Monsenhor Tabosa, 740). Os melhores trabalhos vão receber credenciais para participação em eventos científicos nacionais. A ação conta com um investimento que supera R$ 1 milhão.

A Feira reunirá projetos de alunos da rede estadual, classificados durante as seletivas realizadas no âmbito das 20 Coordenadorias Regionais de Desenvolvimento da Educação(Crede), presentes no interior do Ceará, e nas escolas localizadas na capital.

Os trabalhos foram desenvolvidos em quatro categorias: Linguagens e Códigos, Ciências Ambientais, Ciências da Natureza e Ciências Humanas. Têm como objetivo estabelecer relações dinâmicas dos conhecimentos específicos das disciplinas dos Ensinos Fundamental e Médio com a problemática social. Os projetos também visam promover ações solidárias entre os participantes.

A Feira também contará com projetos já premiados. Como no caso do “A-cor-dar para o Meio Ambiente”, desenvolvido por alunos do Liceu de Maracanaú, que conquistou a medalha “Destaque Mostra Internacional de Ciência e Tecnologia(Mostratec)” por ter obtido a maior pontuação do evento em 2009. Além disso, recebeu credencial para participar da Feira Internacional de Ciências e Engenharia(Isef), promovida pela Intel, em San Jose, na Califórnia, nos Estados Unidos, em maio de 2010.

O encontro é aberto aos alunos, professores e comunidade que terão ainda a oportunidade de assistir palestras nas diversas áreas do conhecimento. Na segunda-feira, dia 30, às 15 horas, o professor Daniel Rodrigues, da Universidade de Fortaleza(Unifor) falará sobre Ciências Humanas durante a palestra “Pesquisa: quem precisa disso?”. Na terça-feira, dia 1º, às 9h30min, o professor Petrônio Souza, da Universidade Estadual do Ceará(Uece) apresentará o tema: A pesquisa na área de Ciências da Natureza. No mesmo dia, às 15h30min, o professor Fábio Delano, da Faculdade 7 de Setembro(FA7), enfocará “O papel das Línguas Estrangeiras na formação científica”.

Número de alunos na educação básica supera os 52 milhões.

Há, no Brasil, 52.580.452 estudantes matriculados na educação básica. Esse nível de ensino compreende a educação infantil (creche e pré-escola), o ensino fundamental (primeiro ao nono ano ou primeira a oitava série), o ensino médio, a educação profissional, a educação especial e a educação de jovens e adultos (nas etapas ensino fundamental e ensino médio). Os dados são do censo escolar de 2009, já consolidado, divulgado nesta segunda-feira, 30, no Diário Oficial da União.

Em termos gerais, houve uma ligeira queda nas matrículas, de 1,2% em relação ao censo de 2008, o que confirma a estabilidade já apresentada há alguns anos. De acordo com o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Reynaldo Fernandes, a queda pode ter dois motivos: a redução da taxa de natalidade e a melhoria do fluxo escolar – menos alunos reprovam, por exemplo.

Na educação infantil, o crescimento foi de 0,6%, por causa do grande aumento nas matrículas em creches, de 8,3%. Já a pré-escola apresentou queda de dois pontos percentuais, resultado do aumento das escolas que aderiram ao ensino fundamental de nove anos. Isso porque as matrículas que deveriam ser contadas na pré-escola – educação infantil – passam a ser contadas no primeiro ano do ensino fundamental de nove anos.

Por sua vez, a etapa fundamental mostrou os mesmos índices percentuais de redução de matrículas em relação a 2008: 1,2%, índice que cai para 0,3% no que se refere ao ensino médio. Já a educação profissional deu um salto considerável: 8,3% em um ano. As matrículas na zona rural cresceram na creche (5,7%), ensino médio regular (9,4%) e ensino médio da educação de jovens e adultos (7,3%).

Do total de alunos matriculados na educação básica, 45.270.710 estão em escolas públicas (86,1%) e 7.309.742 estudam em escolas da rede privada (13,9%). As redes municipais são responsáveis por 24.315.309 matrículas (46,2% do total). Há, também, um crescimento acentuado das matrículas na rede federal em quase todas as etapas e modalidades, exceto no ensino fundamental e da educação especial.

No caso da educação especial, a redução se explica em função da inclusão dos alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades e superdotação em classe regulares de ensino, já que a contagem dessa modalidade é feita com base nas escolas especiais. Hoje, 61% dos alunos da educação especial estão matriculados em classes regulares.

Educacenso – Desde a implantação do sistema eletrônico Educacenso, em 2007, é possível traçar um retrato fiel da realidade educacional brasileira, pela coleta anual de dados de todas as 197.468 escolas de educação básica. Com o sistema, a informação foi individualizada – já que as escolas têm que preencher um cadastro para cada aluno, professor, turma e um geral para a escola.

O grau de detalhamento permite a elaboração de políticas eficientes de médio e longo prazo, com o objetivo de se aprimorar o sistema educacional. Os dados divulgados pelo Inep se referem a número de matrículas e infra-estrutura. As informações estão detalhadas por unidade da federação, categoria administrativa, localização geográfica e etapa de ensino.