quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Diretores de escolas fazem pós-graduação

Cerca de 5 mil diretores e vices-diretores de escolas das redes públicas estaduais e municipais de educação, das cinco regiões do país, já começaram o curso de pós-graduação em gestão escolar.
Outros 2 mil gestores ingressarão no curso neste semestre. A formação foi pedida por estados e municípios ao Ministério da Educação nos planos de ações articuladas (PAR).
A formação de diretores e vices é feita por uma rede de 27 universidades federais, que são parceiras do MEC na execução deste programa. O objetivo da formação, que é parte das ações do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), é qualificar os gestores das escolas da educação básica, na perspectiva da gestão democrática e do direito à educação de qualidade.
Entre os critérios de atendimento, estão no topo da lista os 1.821 municípios prioritários no PAR, dos quais 1.425 são das regiões Norte e Nordeste, e os diretores de escolas com os mais baixos índices de desenvolvimento da educação básica (Ideb). Como resultado dessa iniciativa, o MEC espera a melhoria dos índices educacionais dos municípios e escolas atendidos, além da maior aproximação entre os sistemas de educação básica pública e a rede federal de educação superior.
O curso, a distância, tem 400 horas de duração, desenvolvidas em 12 meses. A formação tem três eixos vinculados entre si: o direito à educação e a função social da escola básica; políticas de educação e gestão democrática da escola; projeto político-pedagógico e práticas democráticas da gestão escolar. Para custear a pós-graduação, o MEC repassa às universidades R$ 1.000 por cursista.
De acordo com Rafael Cunha e Silva, coordenador-geral de articulação transversal da Secretaria de Educação Básica (SEB), cada instituição pode abrir 400 vagas. Para receber o certificado de pós-graduação em gestão escolar, o gestor deve apresentar, ao final da formação, uma monografia com sua reflexão sobre teoria e prática.
Municípios dos 26 estados pediram nos planos de ações articuladas vagas para seus diretores e vices no programa Escola de Gestores. O programa é uma iniciativa da Secretaria de Educação Básica (SEB) em parceria com a Secretaria de Educação a Distância (Seed) e 27 universidades federais. A formação tem o apoio da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) e do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed).
Calendário – Das 27 universidades federais que participam do Escola de Gestores, 12 abriram a primeira turma entre os meses de maio e setembro. Destas 12 instituições, quatro são da região Norte: universidades do Amapá (Unifap), Pará (UFPA), Rondônia (Unir) e Roraima (UFRR); três do Nordeste: universidades de Alagoas (UFAL), Maranhão (UFMA) e Paraíba (UFPB); duas do Centro-Oeste: universidades de Goiás (UFGO) e de Mato Grosso do Sul (UFMS); duas do Sudeste, universidades de Minas Gerais (UFMG) e de Viçosa (UFV); uma do Sul, Universidade Federal do Paraná (UFPR).
Para o dia 11 de outubro está programada a abertura de dois novos cursos nas universidades federais do Amazonas (UFAM) e de São Carlos (UFSCar); e no dia 16 de outubro, na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). As universidades de Uberlândia (UFU) e de Brasília (UnB) ainda não definiram a data do começo das aulas.
Piloto - Das dez universidades federais que participaram do projeto piloto do Escola de Gestores, em 2007, algumas já encerraram os cursos e outras estão concluindo a certificação de diretores e vices. O projeto piloto foi desenvolvido pelas universidades federais da Bahia (UFBA), Ceará (UFCE), Espírito Santo (UFES), Mato Grosso (UFMT), Pernambuco (UFPE), Piauí (UFPI), Rio Grande do Sul (UFRGS), Santa Catarina (UFSC), Tocantins (UFTO) e do Rio Grande do Norte (UFRN). Assim que essas instituições concluírem a certificação dos gestores, podem apresentar ao MEC planos de trabalho para abertura de novas turmas.