segunda-feira, 29 de dezembro de 2008
O nosso adeus ao aluno do 3º ano do Ensino Médio: Kleiniano Santos Macedo Júnior
segunda-feira, 22 de dezembro de 2008
Professora Elisângela Ferreira Floro do 1º ano "B" ganha Prêmio Destaque por alfabetizar mais de 90% dos seus alunos
Candidatos já podem conferir gabarito do Exame de Certificação de Competências de Jovens e Adultos
A divulgação dos gabaritos ocorreu apenas nesta quinta-feira, 18, porque foram realizadas provas em presídios da região Sul após a data oficial do exame. “Como o Encceja não é um exame classificatório, nenhum participante será prejudicado pelo fato de terem sido aplicadas provas após a data prevista”, explicou o diretor de avaliação da educação básica do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), Heliton Tavares Ribeiro.
Os participantes do exame devem ficar atentos às médias de desempenho. O Encceja é estruturado com base na teoria de resposta ao item (TRI). Ou seja, as notas não seguem o padrão tradicional, no qual o número de acertos corresponde à nota final. Por meio da metodologia adotada pelo Encceja, os resultados são estruturados numa escala de proeficiência que, nessa edição, variou de 60 a 180. O nível 100 dessa escala foi tecnicamente sugerido às redes de ensino como ponto indicativo de que o participante desenvolveu as habilidades mínimas necessárias para obter a certificação.
As médias finais obtidas pelos participantes em cada uma das áreas avaliadas nos ensinos fundamental e médio serão divulgadas a partir da segunda quinzena de fevereiro de 2009. Os resultados serão divulgados na página eletrônica do Inep, por meio de sistema de consulta. Para ter acesso às informações, o participante deve utilizar o número de inscrição. Além disso, quem prestou o exame receberá, pelos Correios, o boletim individual de desempenho no endereço indicado no ato de inscrição.
Na edição 2008, o Encceja teve aproximadamente 780 mil inscritos — 60% para o ensino médio e 40% para o fundamental. As provas foram aplicadas em 2,3 mil unidades educacionais de aproximadamente 800 municípios. As certificações serão feitas diretamente nas secretarias municipais e estaduais de educação que aderiram ao exame. Elas são responsáveis pela forma e pelos critérios de utilização das notas, com total autonomia para proceder às certificações.
Mudança no Ensino Médio
Destinado aos estudantes na faixa etária entre 15 e 17 anos e com um currículo reconhecidamente anacrônico, o ensino médio é considerado o principal gargalo do sistema educacional brasileiro. Os índices de aproveitamento dos estudantes, nos mecanismos de avaliação, têm sido assustadoramente baixos. A maioria dos alunos apresenta graves deficiências em matérias básicas, como português, matemática e ciências. Sem saber fazer operações geométricas e ler textos mais complexos, eles têm dificuldade para discutir questões abstratas.
Além disso, o ensino médio registra altas taxas de evasão. Segundo a última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), há 2 milhões de jovens e adolescentes fora do ciclo escolar. Por causa do ensino ruim e de um currículo afastado da realidade social e econômica, eles abandonaram os estudos para procurar emprego. Mas, como têm formação deficiente, o máximo que conseguem é ingressar na economia informal.
Para tentar reduzir os índices de evasão e melhorar os índices de aproveitamento do ensino médio, o MEC quer que as escolas desse ciclo passem a adotar, a partir de 2009, um currículo semelhante aos dos Centros Federais de Educação Tecnológica (Cefet), que oferecem educação formal e profissional de boa qualidade. "Queremos derrubar a fronteira entre o ensino geral, enciclopédico, e o ensino técnico", diz Haddad.
A implementação dessa proposta, contudo, esbarra em dois problemas. O primeiro é de caráter jurídico. Pela legislação em vigor, os Estados têm ampla autonomia para definir o currículo do ensino fundamental. Em outras palavras, a União não tem competência legal para impor mudanças curriculares no ensino médio. O segundo problema é financeiro. Consideradas instituições de excelência, os centros federais de educação tecnológica custam caro. Eles têm um gasto médio anual por aluno superior a R$ 2 mil. Esse valor é mais do que o dobro do que as unidades mais ricas da Federação gastam por aluno da rede pública de ensino médio. Como muitos Estados têm graves limitações orçamentárias, quem arcaria com a ampliação dos custos gerada pela proposta do MEC? "A reforma passa necessariamente por uma mudança na concepção do regime federativo", diz o secretário de Assuntos Estratégicos, Roberto Mangabeira Unger, que vem colaborando com Haddad nesse projeto. Contudo, nenhum dos dois esclareceu se a União ajudará financeiramente os Estados que se dispuserem a mudar o currículo do ensino médio. "A idéia é substituir o regime de repartição de responsabilidades por um regime de cooperação entre entes federados. Vamos descobrir no caminho o que o governo poderá fazer nesse sentido", conclui Unger.
Como se vê, essa é mais uma polêmica iniciativa do governo federal, que, nos últimos tempos, vem se especializando em anunciar projetos "politicamente corretos" em matéria de educação, ficando com os dividendos eleitorais e deixando aos Estados a responsabilidade por sua implementação e pelos encargos financeiros.
O exemplo mais ilustrativo dessa estratégia é a lei que criou o piso salarial nacional do professorado e determinou que um terço da carga horária dos professores seja destinada a atividades extraclasse. Enquanto o presidente Lula "faturou" politicamente a iniciativa, os governadores, sem condições orçamentárias para aumentar os salários dos docentes e contratar mais professores, tiveram de argüir, no Supremo Tribunal Federal, a inconstitucionalidade do piso salarial - que foi mantido - e da jornada extraclasse - que foi extinta -, arcando com o desgaste político que esse tipo de medida acarreta.
PE: professores já podem solicitar computador... E nós, quando receberemos os nossos?
A professora de matemática Lucélia Amorim, 27, servidora do Estado há três anos, não vê a hora de comprar o notebook. A aquisição de uma máquina portátil já estava em seus planos, mas o alto custo adiava a compra. “Eu já estava pensando em adquirir o equipamento, mas andava meio sufocada”, disse ela, que leciona na Escola Estadual Engenheiro Lauro Diniz, no Ipsep, Zona Sul do Recife.
Lucélia enumera os benefícios que o computador trará na sua atividade profissional. “Vai me servir para digitar provas, organizar fichas para os alunos e preparar apresentações em datashow. Além disso, poderei fazer planilhas com notas.Com o recurso do notebook, a gente abre caminho para se livrar das cadernetas, pois o computador armazena tudo.” Segundo ela, os docentes ganharão em praticidade. “Antes eu fazia isso tudo somente em casa. Agora, vou aproveitar melhor meu tempo livre. Será muito mais prático”, comemorou.
O presidente da Agência Estadual de Tecnologia da Informação (ATI), Joaquim Costa, informou que o procedimento de inscrição para solicitação do computador é simples. Para se cadastrar, os professores precisam da senha do PE Consig – a mesma utilizada para fazer empréstimo consignado. “Basta entrar no Portal do Servidor, clicar no link do Programa Professor Conectado, escolher a solução preferida entre as disponíveis e colocar o endereço residencial.
Os fornecedores estão sendo cadastrados na ATI. De acordo com Joaquim Costa, mais de 15 empresas já demonstraram interesse em oferecer seus produtos. Para isso, é preciso assinar termo de adesão ao regulamento e anexar a documentação exigida. Cada empresa pode ofertar duas alternativas de computadores ao cliente. A portaria que regulamenta o credenciamento das empresas foi publicada no Diário Oficial do último dia 17.
Os computadores precisam ter no mínimo dois gigabyte de RAM, 80 de HD, teclado configurado no padrão da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), placa de rede, leitor e gravador de DVD e índice de performance Sysmark Overall de 170, para garantir que os programas a serem instalados funcionem de maneira correta. Entre os softwares que devem ser instalados estão a licença do Educandus, a Enciclopédia Digital Multimídia UNO e o Dicionário Houaiss Eletrônico.
Entregas de Resultados Finais e Entrega de Boletins do Ensino Fundamental I
- 01 (uma) pasta escolar;
- 02 (duas) fotos 3x4;
- Certidão de nascimento da criança (xerox);
- Cartão do posto de saúde do aluno (xerox);
- Cédula de Identidade - RG, CPF e Bolsa Família (responsável);
- Comprovante de endereço, ACOMPANHADO DE UM NÚMERO DE TELEFONE do aluno (xerox); e,
- Histórico escolar ou Guia de Transferência (original) (para alunos NOVATOS).
sábado, 20 de dezembro de 2008
Lista dos pré-selecionados para o ProUni será divulgada em 5 de janeiro
Laboratório de Informática da nossa escola será inaugurado hoje
Educação avança, porém matrícula cai
Alison Kennedy, técnica do escritório do Pnud, em Nova York, minimizou a queda no indicador. Ela informou que os dados mostram queda na taxa de matrícula no ensino médio em 2004 e 2005, e aumento na matrícula no ensino superior.
Combinados, caiu de 4,84 milhões para 4,81 milhões os alunos matriculados no país: - Esta é uma mudança muito pequena e tem impacto marginal no valor do IDH.
O presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Reynaldo Fernandes, disse que a taxa de matrículas no país está estável nos últimos anos e tem melhorado na educação básica.
Segundo dados do IBGE, houve um aumento contínuo, de 1995 até 2007, no número de crianças de 4 a 17 anos matriculadas na escola. Reynaldo Fernandes, disse que o maior desafio do país hoje é garantir que os alunos concluam o ensino fundamental.
Ministro diz que ainda há muito a fazer Isoladamente, o indicador educacional é o único na faixa de alto desenvolvimento humano, com 0,888 na escala até 1. Se dependesse somente da expectativa de vida ao nascer e da renda per capita, o país seria classificado no grupo de médio desenvolvimento.
O Brasil é o 65º colocado no indicador de educação, entre 179 países e territórios. O melhor resultado está na taxa de matrículas, com 87,2% de estudantes entre a população em idade escolar ou universitária.
O país tem o 39º melhor indicador nesse item. Em relação ao estudo anterior, porém, a taxa caiu 0,3 ponto (era de 87,5%). Já na alfabetização de jovens e adultos, a taxa subiu de 88,6% para 89,6%. O Brasil é um dos países com maior número absoluto de analfabetos no mundo. No ranking do IDH, a taxa brasileira está em 92º a pior colocação do país. O IDH não considera a qualidade do ensino. Nem a permanência na escola.
O ministro da Educação, Fernando Haddad, ressaltou a participação dos ganhos da educação na caminhada do Brasil na redução das desigualdades e da melhoria das condições sociais, mas disse que ainda há muito a fazer.
- O caminho ainda é muito longo. O IDH do Brasil poderia ser melhor. Como a renda tem peso alto no índice, o impacto da expansão de 2004 a 2008 não foi capturado pelo IDH, mas vai aparecer - afirmou.
Alfabetizada comemora: 'quem não lê é como cego' Aos 52 anos, Cleonice da Silva, lamenta o tempo perdido.
Como costuma dizer, foi criada "na cozinha dos outros" ou "cuidando de filho dos outros". Filha de pais pobres, cresceu sem saber ler. Mas não é mais analfabeta.
No ano passado voltou à escola e agora já pode cuidar da papelada do Clube de Idosos Unidos Venceremos, que ela fundou, para ajudar aos velhinhos da comunidade Caranguejo Tabaiares, no bairro Afogados, Zona Oeste de Recife.
- Agora já me sinto outra pessoa e a cegueira acabou.
Quem não lê é o mesmo que ser cego - diz Nice.
O que são objetos de aprendizagem?
Conexão Professor (CP) – Como você definiria o termo objetos de aprendizagem?Lynn Alves – Eu penso que os objetos de aprendizagem (OA) se constituem em mídias em diferentes formatos e linguagens (impressa, sonora, imagética, digital e telemática) que podem mediar os distintos processos de aprendizagem.
CP – Como os objetos de aprendizagem ajudam no trabalho do professor em sala de aula? Quais as vantagens para o aluno?Lynn Alves – Na verdade, alguns objetos criam ambientes de aprendizagem onde os usuários (alunos e professores) podem simular situações que envolvem conceitos físicos, químicos, biológicos e sociais, manipulando, tornando concreto, próximo do real, conceitos que apresentam um maior grau de complexidade.
CP - O uso de objetos de aprendizagem em escolas públicas seria determinante para melhorar a qualidade no ensino?Lynn Alves – Não. Pensar assim é acreditar que os OA seriam panacéias. A melhoria da qualidade do ensino no Brasil passa por outras questões estruturais que não são resolvidas com a mediação das tecnologias. Os objetos de aprendizagem, e aí entram também os jogos, já que também são OA, podem atuar na Zona de Desenvolvimento Proximal dos alunos promovendo a construção de significados para os distintos conceitos que precisamos construir na nossa vida escolar.
CP – Como vê a qualidade dos objetos de aprendizagem disponibilizados hoje?Lynn Alves – Bem, nós temos portais que apresentam uma diversidade de objetos, contudo, nem todos oferecem um grau de interatividade, interface e qualidade nos conteúdos e situações problemas de forma significativa que possam realmente contribuir para a aprendizagem dos sujeitos do processo de ensinar e aprender. Assim, é importante que os professores interajam com esses objetos, selecionando aqueles que efetivamente podem agregar valor ao processo ensino-aprendizagem.
CP – Esses objetos de alguma forma substituem o trabalho dos professores?Lynn Alves – Nunca. A mediação do professor é fundamental nos processos de ensino-aprendizagem. Temos que pensar esses elementos tecnológicos como parceiros que podem contribuir para a aprendizagem dos nossos alunos.
CP – Os objetos de aprendizagem podem ser usados em qualquer disciplina? Existe alguma em que eles sejam especialmente recomendados? Lynn Alves – Penso que podem ser utilizados em quaisquer disciplinas, mas as experiências com os conceitos físicos, químicos e biológicos, que muitas vezes ficam comprometidas por conta da inexistência de laboratórios nas escolas, podem ser superadas com a mediação dos objetos de aprendizagem digitais, que muitas vezes simulam o espaço dos laboratórios.
CP – O uso de objetos de aprendizagem é indicado para qualquer idade?Lynn Alves – Sim. Aprendemos a vida toda. Então, a interação com os OA faz parte do nosso processo de aprendizagem. Por exemplo, vem sendo desenvolvida na Universidade de Aveiro, em Portugal, uma pesquisa com idosos e a interação com os jogos digitais.
CP – Existe alguma restrição para o uso pedagógico dos objetos de aprendizagem?Lynn Alves – Penso que cabe ao professor avaliar os objetos de aprendizagem que pretende utilizar, identificando suas efetivas contribuições para seus objetivos. Imagino que aqueles que não se adequem a estes objetivos podem ser momentaneamente excluídos do processo. Mas no geral eu desconheço qualquer tipo de restrição.
Índice de Desenvolvimento Humano: Brasil fica em 70º
O Brasil permanece na 70ª posição dentro do grupo de 75 países com alto desenvolvimento humano. A informação foi divulgada ontem pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud). O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) brasileiro que, em 1980, era de 0.684, aparece agora em 0.807 quanto mais próximo de 1, maior é o desenvolvimento da região analisada. As informações são da Agência Brasil.
O IDH, calculado para um total de 179 países, abrange três aspectos: a renda, tendo como indicador o Produto Interno Bruto (PIB) per capita; a longevidade, medida pela expectativa de vida; e a educação, avaliada pela taxa de alfabetismo e pela taxa de matrícula. De acordo com o Pnud, a expectativa de vida no Brasil passou de 71,7 anos em 2007 para 72 em 2008. A taxa de alfabetismo também apresentou melhora, passando de 88,6% para 89, 6% no mesmo período. Já a taxa de matrícula registrou queda de 87,5% para 87,2%.
O PIB per capita brasileiro, segundo os dados, evoluiu de R$ 8,402 para R$ 8,949. O coordenador de Desenvolvimento Humano Nacional do Pnud, Flávio Comim, destacou que uma alteração na metodologia de levantamento dos dados fez com que muitos países latino-americanos oscilassem de posição, maso Brasil se manteve no mesmo patamar.
Este ano, segundo ele, houve uma mudança na base de cálculo do PIB per capita que tem como com pilar a Paridade do Poder de Compra (PPC). Ela representa as taxas de câmbio estimadas para equalizar os poderes de compra de diferentes moedas e, até o ano passado, utilizava os preços de 1993.
"Agora, o Banco Mundial fez o recálculo utilizando preços de 2005. São considerados preços de 143 países e é ajustado o valor do dólar para comprar produtos homogêneos em cada país. Ao fazer este ajuste, verifica-se que os preços relativos mudaram. O dólar tem valor diferenciado em Londres e no México, por exemplo O Brasil se manteve de maneira consistente na posição de alto desenvolvimento humano, diferente do que aconteceu na América Latina, disse Comim.
Apesar de se manter em uma das últimas posições no grupo, o Brasil junto ao Chile foi o país que mais avançou em desenvolvimento humano no cenário latino-americano. O progresso chileno foi de 0.128 ponto nos últimos 26 anos e o brasileiro foi de 0.123, seguido pelo México (com 0.095) e pela Costa Rica (com 0.088).
Entre as menores taxas de progresso em desenvolvimento humano estão a Venezuela (com 0.064) e a Argentina (com 0.070). Ainda assim, vizinhos como Chile, Argentina e Uruguai, além de Cuba, Bahamas, Costa Rica e México, permanecem frente do Brasil no ranking de países com alto desenvolvimento humano.
Ministro da educação mantém otimismoO governo brasileiro recebeu com discrição os resultados do Pnud e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva preferiu não comentá-los. O ministro da Educação, Fernando Haddad, foi o único entusiasmado. Alguns opositores elogiaram a política social do Planalto. "Temos de reconhecer que a área social do governo tem conseguido alguns avanços", declarou o senador pernambucano Sérgio Guerra, presidente do PSDB.
"O IDH do Brasil poderia ser muito melhor, se não fossem as duas décadas de crescimento econômico baixo entre 1981 e 2003. Como a renda tem peso alto no índice, isso claramente impactou o ritmo melhoria. O impacto da expansão de 2004 a 2008 não foi capturado pelo IDH, mas vai aparecer", afirmou Haddad aos jornalistas.
Ele ressaltou a participação dos ganhos da educação na caminhada do Brasil na redução das desigualdades e da melhoria das condições sociais. "Temos muito a fazer na educação brasileira, mas é inegável que tem havido uma melhora significativa desde a Constituição de 1988. O caminho ainda é muito longo. A tendência é melhorar", disse otimista o ministro.
Para o futuro líder do PT no Senado, Aloizio Mercadante (SP), o resultado confirma a melhora do bem estar a partir de políticas implementadas pelo governo. Ele concorda com Haddad sobre os degraus galgados e reforça que existe uma tendência, a se repetir quando forem fechados os dados de 2007 e 2008. "Vamos reverter a crise econômica para avançar no social", disse.
Pesquisa do Ibge revela que maioria de pobres está no Nordeste
Pesquisa divulgada ontem pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) aponta que, proporcionalmente, o Nordeste tem mais que o dobro de municípios com pessoas abaixo da linha da pobreza em todo o Brasil. Na região, 77% dos municípios estão nesta condição, enquanto que a média do Brasil é de 32,6%, de acordo com o Mapa da Pobreza e Desigualdade 2003.
A pesquisa, feita em parceria com o BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), traça, pela primeira vez, indicadores como a incidência de pobreza e a desigualdade entre os pobres no Brasil. Os dados são referentes a 2003.
O mapa revela que, no Brasil, 1.793 municípios tinham populações vivendo abaixo da linha da pobreza naquele ano. Destes, apenas 416 deles não estão no Nordeste. Naquela região e no Centro-Oeste, o índice foi mais que o dobro do Brasil: 77,1% e 73,5% do total de municípios de cada um, respectivamente.
Já em uma outra ponta, o Sul teve apenas 0,9% de seus municípios, apenas 11 deles, identificados nessa condição. No Sudeste, o índice também foi baixo: 13,3% do total de municípios na região.
Com base em dados das Pesquisas de Orçamentos Familiares 2002/2003 e no Censo 2000, o Mapa da Pobreza calculou também a distância média dos pobres em relação à linha da pobreza do Brasil. Ou seja: o quão distante está uma região de ultrapassar a linha da pobreza.
Mais uma vez, o Nordeste concentrou uma média de pobres com a maior distância da linha da pobreza: 28,6%, contra 13,1% no Norte. Por isso, conclui o IBGE, o Nordeste é a região que precisa de mais recursos do governo federal para ajudar a população a atravessar a faixa da pobreza.
Já o Centro-Oeste está mais próximo desta linha que o Sudeste. Apenas 3,6% dos municípios daquela região tinham uma distância da linha da pobreza maior que 25%, contra 6,8% no Sudeste.
Lançado apenas em DVD, o Mapa da Pobreza do IBGE tem como intuito disponibilizar uma base de dados para se traçar informações variadas sobre a pobreza no Brasil. O DVD traz mapas e números geográficos do Brasil.
Concurso Aprender e Ensinar Tecnologias Sociais: os vencedores
Português será ensinado em escolas argentinas
A disciplina será optativa para estudantes de instituições públicas e privadas, mas as escolas deverão ofertá-la de maneira permanente.
Projeto de lei sobre o tema foi aprovado por unanimidade anteontem à noite pelo Senado, após ratificação também unânime na Câmara de Deputados. A iniciativa agora vai à sanção da presidente Cristina Kirchner.
A Argentina agora se equipara ao Brasil, que tornou obrigatório o ensino de língua espanhola em agosto de 2005, com prazo de cinco anos para implantação da lei.
As leis aprovadas são semelhantes. No Brasil, o ensino de língua espanhola também é de oferta obrigatória e matrícula facultativa no ensino médio. A lei brasileira também abre a possibilidade de inclusão da disciplina no ensino fundamental.
A norma argentina determina que a lei esteja em plena vigência até 2016, com prioridade para as Províncias da região de fronteira -Misiones, Entre Ríos e Corrientes.
A senadora governista Blanca Osuna, presidente da Comissão de Educação do Senado, reconheceu à Folha que haverá dificuldades até que a lei saia do papel. Disse que a capacitação do corpo docente para o ensino do português é desigual nas Províncias e que as regiões de fronteira saem na frente.
Osuna disse, contudo, ter sentido disposição favorável do setor de educação e afirmou que a presidente irá sancionar a medida. "Recebi muitas mensagens de pessoas e instituições que manifestavam interesse e satisfação pelo passo que estávamos dando."
segunda-feira, 8 de dezembro de 2008
Imigração portuguesa no Brasil apresentou privilégios
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Seduc divulga resultado da Seleção de Diretores das Escolas de Educação Profissional
O curso é dividido em dois módulos. O primeiro será realizado nos dias 10, 11 e 12 de dezembro, das 8 às 18 horas, e o segundo nos dias 15 e 16 no mesmo horário. As aulas serão ministradas no Condomínio Espiritual Uirapuru - Casa de Retiro Nossa Senhora de Fátima - Auditório Madre Dias (av. Alberto Craveiro, 2222 - Bairro: Dias Macedo - Fortaleza – Ceará).
Os candidatos classificados na lista geral que não foram convocados para o curso no próximo dia 10, irão compor um banco de dados e poderão ser convocados a qualquer momento para a segunda fase do processo.
A prova de seleção de diretores das Escolas de Educação Profissional ocorreu no dia 30 de novembro e contou com um total de 2.569 inscritos.
Listas de classificação:
Classificação Geral
Convocados para a 2ª fase
Saiba mais sobre o deslocamento para o curso:
Ponto de referência do local: Próximo ao Estádio CastelãoÔnibus: Dias Macedo/Parangaba - saindo do terminal da ParangabaJosé Walter - saindo da Praça Coração de Jesus no CentroCastelão - saindo da Praça Coração de Jesus no Centro
quarta-feira, 26 de novembro de 2008
Não percam a nossa feira! Vai ser um show, confira!
QUINTA-FEIRA 04/12/2008
MANHÃ – ORGANIZAÇÃO DAS SALAS
TARDE – ABERTURA DA FEIRA - HINO NACIONAL E DO CEARÀ
(ORGANIZAÇÃO DAS SALAS) APRESENTAÇÃO DA PEÇA (8º ANO)
A GINCANA
PARTICIPAAÇÃO ESPECIAL ONG JURITI
NOITE – BANQUETE LITERÁRIO
SEXTA-FEIRA 05/12/2008
MANHÃ-VISITA AS SALAS
APRESENTAÇÕES CULTURAIS (ONG JURITI)
TARDE – APRESENTAÇÃO DO PROJETO “A RESSIGNIFICAÇÃO DAS DATAS COMEMORATIVAS
VISITA AS SALAS
NOITE – SHOW: GRUPO SAL DA TERRA.
SÁBADO- 06/12/2008
MANHÃ - FEIRA DO TRECO
ENCERRAMENTO
AVALIAÇÃO
Alunos com bom desempenho no 3º bimestre
DALVA
DIEGO
JENNIFER
BRUNO
LAIANE
MAYARA
WESLEY
AMANDA
6º ano "B"
ANTONIO WESLEY
ARIANA SOARES
DÉBORA
FRANCISCO IDELANDIO
GEYCIANE
ROSIMAR
VITÓRIA
6º ano "C"
LAYSLA
JOSEANE
EDSON
MARIA JOSELANIA
MICHAEL
MAYARA
CÍCERO LUAN
7º ano "A"
VALESKA
TAYS
JÚLIO
FRANCISCO NATANAEL
FELIPE
CÍCERO DANIEL
CÍCERO LEOSMAR
ADRIANO TEIXEIRA
ALAN TEIXEIRA
ANDERSON
7º ano "B"
ALDAIR
ALLISON
ANGELA
IDERLANIO
MARIA RAFAELLE
FERNANDA
8º ano "U"
ANA PATRÍCIA
DJENIFER
JULIANA
MARIA ELIANE
PALOMA
PAMMELLA
ROBERTO
VALÉRIA
9º ano "U"
ADÃO
ANA CAROL
ANDRÉIA
ELIANA
ELISÂNGELA
ERILÂNGELA
NATHALIA
TAILSON
WELIDA
ENSINO MÉDIO
1º ANO "A"
CLEONICE
DÉBORA
FRANCISCA ALDIRNANDA
FRANCISCO DAVIDSON
JEFFERSON
JUCIMARA
LUZIA
ROSELAINE
VANESKA
WESLEY
1º ANO "B"
CÍCERA MARIA
FRANCISCA PEREIRA
FRANCISCO WHATILA
IVANILDA
PATRÍCIA
PRYSCILLA
RAYANNE
CÍCERA ÉRICA
CARLOS RAMON
1º ANO "C"
ADRIEL
AVANI
D’ARC
KENILCE
FRANCISCA GOMES
JOSÉ ALISSON
JOSÉ FÁBIO
JOSÉ MÁRIO
MARIA DANIELE
MARIA SILVANTE
ROSIMERIA
SILVANIA
2º ANO "A"
ANDRÉIA
ANTONIA JANAINA
CÍCERO FARIAS
CRISOSTRI
ELAINE
GERLANY
ISMAEL
LUIZIANE
MARCONE
MARGARIDA
MARIA ALINE
MARIA FABÍOLA
MARIA VALDENEIDE
VANIZA
2º ANO "B"
CLAÚDIA
HERMESON
KARINA
LILIANE
MARIA CLEIANY
MARIA JAQUERLÂNIA
MARIA KELVIN
MARCELO
SUERLANE
3º ANO "A"
ANA RENE
IRENILDA
MARIA FERNANDA
MARIA THAYSE
RAQUEL
SILVANEIDE
SUELANE
3º ANO "B"
VALCLÉCIA
DANÚBIA KELI
EDMAR
JADYANA
PRISCILANE
MAURÍCIO
ROSILENE
ANA PAULA
EJA III
ALINNE SILVA
ANTONIA DOS SANTOS
CÍCERO LOPES
DANIEL PEREIRA
EFIGÊNIA
FLAVIANA
FRANCISCA DANIELA
IRAN
IZABEL
JEANE
JOANA D’ARC
JOSÉ ALAN
JOSÉ ANTÔNIO
JOSÉ JÚNIOR
JOSÉ JUSCÉLIO
JOSÉ LUÍZ
JOSÉ ROMÁRIO
JOSÉ SANGIELY
JOSÉ WILLAMES
RAMON
TATIANA
CHINARARA
GILMAR
EJA IV "A"
ADRIANA
ROBSON
CRISTIANE
ELCLECIANO
FRANCISCA RODRIGUES
FRANCISCO WILLIS
HENRIQUE
JAQUELINE
JOANA D’ARC
JOSÉ ROBERTO
LUCIMAR
MARCELO
MANUELA
MAURÍCIO
RAFAEL
WELTON
LÚCIA
EJA IV "B"
CÍCERA RODRIGUES
EDSON
FLÁVIO
DEISE
EUNICE
FRANCILENE
EDILENE
JAILSON
JEFFERSON
JONATAS
JORGE MICHAEL
RENATO
MARCOS
HOSANA
IVONEIDE
LUCIVÂNIA
SOCORRO
MARLENE
PATRÍCIA
RAIMUNDO
UILIS
A aprendizagem é fundamental para o desenvolvimento e a evolução de um cidadão.
terça-feira, 25 de novembro de 2008
segunda-feira, 24 de novembro de 2008
O ciclo vicioso do vandalismo
Lixo no chão, pichações nas paredes e outros tipos de desordem urbana são o cenário ideal para atos de vandalismo. É o que diz um estudo realizado na Holanda. A pesquisa concluiu que as pessoas se sentem mais à vontade para transgredir as normas quando vêem que outros indivíduos já fizeram isso antes. Pesquisadores da Universidade de Groningen (Holanda) realizaram seis experimentos de campo em que observaram o comportamento de indivíduos em cenários com ausência e presença de vandalismo. Em ambas as situações, as pessoas não sabiam que estavam sendo observadas.
Fonte: Ciência Hoje (21.11.2008)
Seduc divulga lista de classificação da II Feira Estadual de Ciências e Cultura
Lista de Classifição Geral
Lista de Classifição
Fonte: SEDUC - ASSECOM
sexta-feira, 21 de novembro de 2008
Enem: alunos das escolas particulares têm melhor desempenho
O pai, Nilson Mancini Júnior, é engenheiro elétrico, e a mãe, Ana Lúcia Nasser Mancini, é analista de sistemas. Ele quer ser pediatra. Os últimos meses foram só estudo. A primeira etapa no vestibular da Universidade Federal do Espírito Santo será no domingo. A estratégia de estudo incluiu horários de estudo nos fins de semana, evitar saídas com amigos, quatro horas diárias sobre livros e cuidados redobrados com redação.
Foi a redação que o barrou no ano passado em medicina nas universidades Federais do Espírito Santo (Ufes) e de Minas (UFMG). Desde então, investiu na leitura de revistas e jornais.
Ela não compareceu ontem ao vestibular da UniRio para poder estudar para as provas da Fuvest, no fim de semana.
- Não pude viajar, mas estou com medo de não ter ficado com a vaga em medicina, apesar do segundo lugar. Isso porque a nota do Enem saiu um pouco atrasada. Não sei se eles (UniRio) vão aceitar. Espero que sim.
Em São Paulo, nenhuma universidade garante vaga com a nota do Enem - disse Daniella, que estudou sempre em escola particular e espera entrar em sua segunda universidade pública.Enquanto isto, as escolas particulares de SP tiveram a 2ª pior queda em avaliação nacional. A nota no Enem diminuiu 13,1 pontos em relação a 2007; por causa disso, Estado caiu do 1.º para 3.º lugar no País.
Foi a segunda maior queda no País, inferior apenas à das escolas privadas de Goiás. A diminuição da nota na prova objetiva, de 71,6 para 58,5, fez com que os alunos paulistas da rede particular deixassem a primeira colocação no Brasil e caíssem para a terceira.
O resultado do Enem, divulgado ontem pelo Ministério da Educação (MEC), mostram que, no geral, as notas dos alunos nas 63 questões (parte objetiva) caíram. A média do exame - realizado por 2,9 milhões de jovens no País, em agosto - foi de 41,69, ante 51,52 em 2007. Na redação, subiu de 55,99 para 59,35. A nota varia de 0 a 100. Os resultados por escola e por município serão divulgados somente no ano que vem.
Segundo o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep/MEC), Reynaldo Fernandes, o Enem tem níveis de dificuldade diferentes de um ano para outro e por isso é complicado comparar as notas. Outros exames, como a Prova Brasil, são feitos com uma calibragem para que tenham sempre o mesmo nível de dificuldade e possam, assim, avaliar o sistema como um todo.
Mesmo assim, a queda na pontuação de São Paulo foi considerada preocupante por especialistas. O Distrito Federal, hoje o primeiro colocado entre as redes privadas no Enem, caiu apenas oito pontos. A nota geral das escolas privadas do País foi 56,12. São 11,9 pontos a menos que em 2007.
"É um absurdo, é preciso analisar o que aconteceu", disse o presidente do Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino do Estado de São Paulo (Sieeesp), José Augusto de Mattos Lourenço. Ele foi avisado pela reportagem sobre o desempenho das escolas particulares e disse que ainda precisava receber os dados oficialmente para avaliar melhor.
"Em São Paulo temos todo tipo de aluno na rede privada, inclusive classe C. Em outros Estados, só a elite da elite estuda nessas escolas", diz o presidente do Conselho Estadual de Educação, Artur Fonseca Filho. Já Mauro Aguiar, diretor do Colégio Bandeirante, uma das escola com melhor desempenho do Estado no exame, se disse surpreendido com o resultado. "As escolas têm investido para que seus alunos se saiam bem na prova. O mercado é muito afetado pelos rankings do Enem."
O Estado de São Paulo tem a maior rede particular do Brasil. O número de alunos no ensino médio - cerca de 250 mil, segundo os dados mais recentes do MEC - representa mais de 20% de todos os estudantes desse nível educacional em escolas privadas brasileiras. Participaram da prova do Enem neste ano 59.395 alunos que estavam no último ano do ensino médio de escolas particulares de São Paulo e 225.226 de públicas.
A nota dos alunos da rede pública paulista na prova objetiva caiu menos que as das particulares: 11,95. A média deste ano foi 39,02, ou seja, menos de 50% de acerto, nível que tinha sido alcançado em 2007.
Na parte de redação - que não é feita por todos os participantes porque a nota não é considerada em vestibulares, como o da Fuvest - a média da rede particular de São Paulo aumentou de 62,09 para 64,96. Na rede pública também cresceu: passou de 55,04, em 2007, para 57,77, em 2008.
Mesmo com nota mais baixa que no ano passado (39,43 contra 49,27), SP subiu três posições na relação da escolas públicas na parte objetiva -passando de oitava para quinta. No índice geral, contando notas das duas redes, SP subiu duas posições, de oitavo para sexto.
A Secretaria da Educação, por meio de sua assessoria, comemorou o avanço e disse esperar resultados melhores com a adoção de ações para o ensino médio, como a instituição de 42 dias do ano letivo para recuperação de aprendizagem.
Os dados do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) divulgados ontem, também mostram que o Rio Grande do Sul, pelo segundo ano consecutivo, tem a melhor rede pública de ensino médio do país. Ainda assim, em média, os estudantes do Estado não conseguiram acertar nem metade da prova.
Apesar do resultado, o desempenho dos estudantes da rede pública do RS caiu 23% em relação ao ano anterior. Na parte objetiva, composta por questões de múltipla escolha, os alunos do Estado acertaram 42,12 pontos (de cem), contra 54,61 pontos, no exame passado.
Na redação, entretanto, a nota subiu 3,5%, passando de 59,74 pontos para 61,84 pontos -de outros cem pontos.
Já Alagoas ficou com a pior rede pública do país. Os estudantes de AL fizeram, em média, 31,76 pontos na parte objetiva e 57,26 na redação. No ano anterior, as médias foram 42,58 e 52,06, respectivamente.
O melhor desempenho geral, considerando as notas da parte objetiva, assim como em 2007, foi o do Distrito Federal.
Houve, porém, queda nas notas de todos os Estados. A média nacional nas questões de múltipla escolha caiu 23%, de 52,47 para 40,54.
A queda geral das notas pode estar relacionada ao grau de dificuldade da prova deste ano. De acordo com professores ouvidos pela Folha no dia do exame, o Enem de 2008 foi mais trabalhoso e denso do que os dos anos anteriores.
"Havia enunciados gigantescos. Foi uma prova mais densa e cansativa", disse à época a coordenadora do Cursinho da Poli, Alessandra Venturi.
Se forem comparadas as notas dos alunos de escola pública com as de escolas particulares, nota-se um desempenho 34% inferior. A diferença foi de 18,8 pontos -37,3 contra 56,1. O hiato deste ano, porém, é inferior ao registrado no ano passado, quando 20,4 pontos separavam as duas redes de ensino.
Naquele ano, porém, a comparação foi feita entre alunos que fizeram todo o ensino médio na mesma rede de ensino. Em 2008, foi considerada a diferença só da rede pela qual o aluno concluiu o curso.
O MEC também aponta que não se pode comparar duas edições do Enem, pois o grau de dificuldade varia.
O presidente do Inep (instituto de que divulgou os dados do Enem), Reynaldo Fernandes, diz que é preciso cautela ao comparar as redes, já que alunos com melhor nível socioeconômico tendem a ter mais chance de melhores notas.
O Enem deste ano avaliou 2,9 milhões de alunos. Os resultados podem ser conferidos no site (www.inep.gov.br)
MEC liberou nesta quinta consulta ao resultado do Enem
O exame não é obrigatório, mas a adesão aumentou consideravelmente nos últimos anos porque a nota é utilizada como bônus na pontuação em mais de 500 instituições de ensino superior.
Ter partitipado do Enem também é requisito obrigatório para o estudante que quiser pleitear uma bolsa de estudos no Programa Universidade para Todos (ProUni).
Frente parlamentar defende piso nacional dos professores
No período em que Estados e municípios negociam a aprovação de seus Orçamentos para 2009, deputados e senadores lançaram ontem uma frente em contraposição à Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) movida pelos cinco Estados contra a lei que criou o piso, de R$ 950, e aumentou a carga horária da educação básica.Lançaram ontem uma frente em contraposição à Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) movida pelos cinco Estados contra a lei que criou o piso, de R$ 950, e aumentou a carga horária da educação básica.
Com mais de 150 assinaturas, segundo a deputada federal Alice Portugal (PCdoB-BA), a frente protestará nos Estados para que os governadores reformulem seus Orçamentos". A Adin é uma afronta ao Congresso, ao movimento sindical e aos professores", disse a senadora Ideli Salvatti (PT-SC).
Na ação apresentada pelos Estados contra a Lei 11.738/08, que instituiu o piso, os governadores argumentam que a medida não cabe no Orçamento. "A lei extrapola ao legislar sobre a carga horária", diz a secretária de Educação do Ceará, Maria Izolda Cela. A medida, diz, levará o governo estadual a contratar mais de 7 mil professores, o que aumentará os gastos em R$ 102 milhões. "Não consigo entender a postura do governo federal", diz.
Em nota, a Secretaria de Educação de Santa Catarina adverte para o risco de se ultrapassar os limites da Lei de Responsabilidade Fiscal. A secretaria contesta a inclusão do aumento de horas-atividade e diz que terá de contratar 5,4 mil profissionais.
O cumprimento do piso será escalonado. O valor integral deve ser pago em 2010 para uma jornada de 40 horas semanais. O benefício também será destinado a aposentados e pensionistas. Além do piso, a lei, em vigor desde julho, estabelece que os professores devem reservar um terço da carga horária a funções fora da sala de aula, como planejamento das lições e correção de provas.
Os Estados e municípios que comprovarem não ter condições de pagar o reajuste terão complementação do Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica. Segundo o governo federal, cerca de 40% dos professores em início de carreira recebem menos do que o piso. É a primeira categoria a ter piso salarial definido na Constituição.
Na frente, já há divergências. Segundo o deputado federal Gastão Vieira (PMDB-MA), o movimento está politizando a discussão contra os partidos dos governadores.
Fonte: Valor Econômico (20.11.2008).
Material de apoio para ensino da cultura afro-brasileira disponível gratuitamente na Internet
Para contribuir na aplicação da Lei 10.639 que, desde 2003, estabelece a obrigatoriedade do no país do ensino da história e cultura afro-brasileiras nas escolas públicas e particulares do Ensino Fundamental e Médio, a Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (SECAD) disponibiliza gratuitamente em seu site, livros que podem contribuir na formação do professor.
São dez livros que podem ser acessados aqui.
Fonte: http://www.e-educador.com
terça-feira, 11 de novembro de 2008
Residência educacional poderá passar a ser exigida para a formação de professores da educação básica
A proposta (PLS 227/07), que altera a Lei de Diretrizes e Bases da Educação - LDB (Lei 9.394/96), foi inspirada, segundo Maciel, na residência médica. Ele avalia que essa experiência trouxe resultados muito positivos para a formação dos médicos brasileiros. Nesse sentido, seu objetivo é melhorar a formação dos professores.
Se aprovado o projeto, o art. 65 da LDB passará a ter o seguinte texto: "Aos professores habilitados para a docência na educação infantil e nos anos iniciais do ensino fundamental será oferecida a residência educacional, etapa ulterior de formação, com o mínimo de oitocentas horas iniciais de duração, e bolsa de estudo, na forma da lei".
Também será acrescido à LDB o art. 87 com o seguinte texto: "Decorridos dois anos após a vigência do parágrafo único do art. 65, torna-se obrigatório, para a atuação do professor nos dois anos iniciais do ensino fundamental, o certificado de aprovação na residência educacional".
No seu voto favorável ao projeto, o relator, senador Mão Santa (PMDB-PI), apresentou emenda propondo que a lei entre em vigor em 1º de janeiro do ano seguinte ao da aprovação. Pela proposta original, a regra entraria em vigor na data de sua publicação.
A CE também deverá analisar, dentre os outros 20 itens em pauta, projeto dos senadores Cristovam Buarque (PDT-DF), Marisa Serrano (PSDB-MS) e Augusto Botelho (PT-RR) com o objetivo de instituir o regime de dedicação exclusiva para os docentes da educação básica (PLS 04/08). A proposta conta com parecer favorável do relator, senador Gerson Camata (PMDB-ES).
O projeto, que também altera a LDB, propõe criar a possibilidade de professores da educação básica aderirem ao sistema de dedicação exclusiva recebendo, no mínimo, 70% do salário de professores de instituições federais de ensino superior que tenham grau de formação equivalente.
Segundo Cristovam, atualmente, quanto mais avançado é o nível em que o professor atua - básico, médio ou superior -, maior é a remuneração. "Essa lógica nos leva a indagar se ensinar crianças e adolescentes, com toda a sorte de carências, é menos meritório do que lidar com estudantes majoritariamente adultos, independentes e auto-orientados ao estudo. Seria, por acaso, mais fácil cuidar dos primeiros?", questiona o senador, na justificação do projeto.
Comissão aprova rádios comunitárias para universidades e escolas
O referido projeto é de autoria do deputado Celso Russomanno (PP-SP). Foi aprovado o substitutivo do relator, deputado Fernando Ferro (PT-PE), que amplia o projeto, fazendo-o abranger também escolas de nível médio, instituições particulares de ensino, escolas técnicas federais e centros vocacionais tecnológicos.
Além disso, o substitutivo permite a outorga de mais de uma emissora para universidades que tenham mais de um campus; e prevê a possibilidade das universidades operarem canal próprio de televisão educativa.Importante suporte.
Relator argumenta que muitas escolas de nível médio, em especial as públicas, situam-se em regiões carentes de infra-estrutura. Para essas regiões, diz Fernando Ferro, a emissora de rádio da escola será um importante suporte para acelerar o processo de desenvolvimento sócio-econômico.
Pelo substitutivo, a entidade de ensino particular que quiser operar uma rádio comunitária deverá comprometer-se a dar preferência a finalidades educativas, artísticas, culturais e informativas. "Essas mudanças modernizadoras no marco legal vigente vão enriquecer a educação, a cultura e a cidadania no País", resume Fernando Ferro.Preparação acadêmica.
Segundo o autor, deputado Russomanno, o objetivo do projeto é contribuir para a preparação acadêmica e para o aperfeiçoamento profissional do estudante. A legislação vigente já autoriza as universidades a operar emissoras educativas. Mas os altos custos de uma rádio educativa, diz Russomanno, inviabilizam o seu funcionamento nas instituições de ensino públicas. A rádio comunitária, mais barata, é mais compatível com a realidade universitária, argumenta o autor do projeto.
TramitaçãoA proposta já havia sido rejeitada pela Comissão de Educação e Cultura. Agora, ela segue para o exame da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania. Se aprovada, vai à votação em plenário.
Os blogs crescem e há quem não goste
Era respeitado e admirado na blogosfera. Por isso, a decisão de deixar a vida blogueira causou espanto. Não que tenha abandonado de vez a internet: Calacanis continua a expor suas opiniões em uma lista de e-mail – basta se inscrever na newsletter para receber as suas mensagens.
A saída da blogosfera foi definida por ele como "a decisão certa para mim e para a minha família". Mais adiante, o ex-blogueiro revelou sua frustração. "Blogar virou algo simplesmente muito grande, muito impessoal; falta a intimidade que me levou a isso", resumiu.
Calacanis cansou da pressão para se manter na lista dos principais personagens da blogosfera, e de ter que manter seu blog tão impessoal para conseguir a proeza. Há alguns anos, quando poucas pessoas blogavam, era fácil ser uma celebridade da internet; hoje, isso exige trabalho árduo. "A blogosfera está tão carregada, tão polarizada, e tão cheia de gente com ódio que simplesmente não vale mais a pena", lamenta ele.
Referência
O exemplo de Calacanis serve como atestado de óbito da blogosfera como espaço alternativo? A revista britânica Economist [6/11/08] afirma que o blog virou mainstream. Há pouco tempo, blogar significava publicar, em uma pagina de internet, textos, fotos e vídeos, principalmente sobre a vida do blogueiro, para um público formado, em grande parte, por amigos e parentes.
Hoje, sem se dar conta, muito mais gente faz isso. Internautas que criam perfis em redes sociais, como Facebook, MySpace e Orkut, acabam se tornando blogueiros. Além disso, viraram os febre serviços de microblogging, como o Twitter, que recriam o imediatismo e a sensação de intimidade dos primeiros blogs.
As mensagens do Twitter, que podem ser enviadas de telefones celulares, devem ter até 140 caracteres. Para explicar o propósito, o Twitter tem como mote a pergunta "O que você está fazendo?".
Já os blogs tradicionais, diz a Economist, tendem a virar páginas de organizações de mídia convencionais. Quase todo jornal, emissora de TV e rádio tem agora um sítio de internet e, dentro dele, vários blogs de jornalistas e colaboradores. Nas últimas eleições presidenciais americanas, blogs profissionais como o liberal HuffingtonPost (4,5 milhões de visitantes em setembro) e o conservador FreeRepublic (1 milhão de visitantes) tiveram grande destaque.
Empresas fora do setor jornalístico também passaram a ver na blogosfera uma ótima ferramenta de negócios. Companhias de todos os tipos usam essas páginas para passar ao público mensagens corporativas e para se comunicar com seus funcionários. Firmas especializadas em ferramentas para blogs vêem estas empresas como seu mercado mais promissor.
O Weblogs, de Jason Calacanis, foi vendido para o portal AOL. O Blogger, outro serviço do tipo, agora pertence ao Google. Seu fundador, Evan Williams, hoje dirige o Twitter, que define como "o futuro". E é esta magnitude que passou a incomodar alguns dos mais antigos blogueiros. Eles não podem negar, entretanto, que a blogosfera se tornou um espaço versátil e que o ato de blogar provou-se bastante útil.
Fonte: Observatório da Imprensa (11.11.2008). Leticia Nunes (edição) e Larriza Thurler
sexta-feira, 17 de outubro de 2008
Ciência terá eventos por todo o país
Estão programados também dias de portas abertas em instituições de pesquisa. Biodiversidade, uso de agrotóxicos e segurança de alimentos, teorias da evolução, design, exposição sobre o corpo humano, física quântica, astronomia e uso racional de medicamentos serão alguns dos temas abordados por especialistas de todo o país, nos centros de educação, as escolas, faculdades e universidades. Vários, também, serão os estandes montados por alunos do ensino fundamental e mádio nas feiras de ciências que funcionarão no mesmo período por todo o país.
Em São Paulo, na Região Sudeste brasileira, a grande novidade será o Zoomóvel, o ônibus que reproduz em seu interior o ecossistema brasileiro. O objetivo é conscientizar o público sobre temas relacionados à conservação da fauna, da flora e do meio ambiente.
Na cidade do Rio de Janeiro, na sede da Fiocruz, haverá exibição de filmes e vídeos no Museu da Vida, além de contadores de história para crianças pequenas no Jardim dos Códigos e o Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho, da UFRJ, promoverá palestras e atividades em laboratório para alunos.
Google é bom para o cérebro
O estudo examinou adultos com idade entre 55 e 76 anos e que foram divididos em dois grupos: um que utiliza frequentemente a internet e que está familiarizado com tecnologia e outro que não.
Foram ligados então alguns eletrodos a essas pessoas enquanto elas navegavam pela internet ou liam um livro e ficou constatado que a atividade cerebral nas áreas destinadas a tomadas de decisões e raciocínio era duas vezes maior naqueles que estavam acessando o Google.
Para Gary Small, um dos responsáveis pela pesquisa, "os resultados são encorajadores: tecnologias computadorizadas emergentes podem ter resultados fisiológicos e potenciais benefícios para adultos de terceira idade e idosos." Ele acredita ainda que "pesquisas na internet envolvem complicadas atividades cerebrais, o que pode ajudar a exercitar e melhorar funções cerebrais."
Fonte: Meio Bit (16.10.2008)
Jimmy Wales, fundador da Wikipedia, no Centro Cultural São Paulo, 10 de novembro
Os desafios e oportunidades para produção colaborativa de conhecimentos livres no Brasil é tema de debate no Centro Cultural São Paulo, às 19h30 do dia 10 de novembro de 2008 (segunda-feira).
O evento, nomeado WikiBrasil: Mutirão de Conhecimentos Livres, celebra também o início da atuação da WikiMedia no Brasil.Jimmy Wales, fundador da Wikipedia, participará da discussão em formato não-linear com convidados. Já estão confirmadas as presenças de Ethevaldo Siqueira, Gilberto Dimenstein, Gilson Schwartz, Karen Worcman, Ladislau Dowbor, Lala Dezeinhelin, Reinaldo Pamponet, Renato Rovai, Sérgio Amadeu, entre outros.
As inscrições ocorrerão pela internet em hotsite dedicado ao evento. A bilheteria do Centro Cultural São Paulo distribuirá, uma hora antes do início do debate, senhas gratuitas para a sala Adoniran Barbosa, com capacidade para até 600 pessoas. Os interessados de outras localidades poderão enviar perguntas e acompanhar o evento pela internet.
NA WIKIPEDIA VOCÊ PODE ENCONTRAR MAIS DETALHES DA BIOGRAFIA DE JIMMY WALLES.
Jimmy Donal "Jimbo" Wales (Huntsville, 7 de agosto de 1966) é um empresário estadunidense de Internet, mais conhecido pelo público como o fundador, em 2001, do projeto livre Wikipédia. Atualmente, ele é membro do conselho de administradores da Fundação Wikimedia e é um dos fundadores da Wikia, uma propriedade privada de serviço livre de hospedagem de sites criado em 2004.
Juntamente com Larry Sanger, Wales ajudou a popularizar a tendência do desenvolvimento da web que visa facilitar a criatividade, a educação e o conhecimento humano de acesso livre, por meio da colaboração compartilhada entre usuários. Com o produto de seu trabalho com a Wikipédia, que se tornou a maior enciclopédia do mundo, a revista Times listou Wales como uma das pessoas mais influentes do mundo em 2006.
Este texto foi copiado do site WikiBrasil - Mutirão de Conhecimentos Livres
Obras de Glauber Rocha agora na internet
Na última terça-feira, dia 14, a associação Tempo Glauber, responsável pela preservação da obra do cineasta baiano Glauber Rocha, lançou um banco de dados inédito com a obra completa do diretorfonte: Revista Fórum (16.10.2008)O acervo informatizado, que estará disponível através do site http://www.tempoglauber.com.br/, traz cem mil itens digitalizados, extraídos de material original mantido no Centro de Documentação Lúcia Rocha.
Os arquivos, disponíveis para consulta e pesquisa, variam entre documentos pessoais, filmografia, correspondência, produção intelectual (roteiros cinematográficos e teatrais, romances e poesias, storyboards e croquis, desenhos, ensaios e críticas e anotações pessoais), além de fotografias, recortes de jornais e revistas, documentos audiovisuais, cartazes, títulos e menções honrosas, trabalhos e fotografias de terceiros e material em suportes VHS, DVD, tape e fitas de rolo (áudio).
A criação do acervo digital, realizada em parceria com o Arquivo Nacional, faz parte do projeto “Tempo Glauber Revitalizando a Cultura”, que conta com o patrocínio da Petrobras através dos incentivos da Lei Rouanet e do Fundo Nacional de Cultura. Durante o evento de lançamento, foi exibido ainda um documentário em DVD que traz todo o processo de criação do banco de dados, e que recebe o mesmo nome do projeto.
É preciso ouvir a voz do professorado
A imagem do professorado da escola pública está desgastada. A cobertura da educação na mídia é o espelho desse desgaste. Uma vez ao ano, no Dia do Professor, os meios de comunicação esforçam-se para mostrar profissionais travestidos de heróis – sempre um exemplo individual de uma pessoa boa e comprometida que não exerce uma profissão, mas sim um sacerdócio.
No coletivo, como categoria profissional, o professorado de escola pública só aparece na mídia de forma negativa. Quase sempre a ele é imputada a responsabilidade por todos os males do ensino: ou é mal formado, ou sem interesse, ou falta muito às aulas, ou é incompetente, ou é corporativo – só pensa no salário e na carreira e não nos alunos –, ou, ainda, é um coitado, vítima da violência dos próprios alunos.
Quase sempre a voz que aparece nos meios de comunicação é a voz dos dirigentes ou dos chamados especialistas; nunca do professorado. Entre os “especialistas”, ultimamente, quem mais tem falado são os empresários. Falam do sentido de uma educação para o desenvolvimento e para a economia, criticam o modelo de gestão, falam em produtividade do sistema e em como obter melhores respostas com menores custos. Se pudessem, substituiriam os professores por máquinas, pois estas podem ser domadas.
As soluções apresentadas para a melhoria da qualidade sempre são definidas independentemente dos professores, por cima deles, considerando que eles são pacientes das reformas – e não agentes. Afinal, se são culpados por todos os males, por que então tomá-los em consideração?
O silêncio dos professores e das professoras da escola pública é um reflexo de dois fenômenos complementares: de um lado, a desvalorização do trabalho do docente; por outro, a existência de mecanismos repressivos que impedem o seu livre expressar.
Já de há muito o trabalho docente vem deixando de ser considerado fundamental. Seu lugar social e seu papel foram sendo desprestigiados pelas contínuas reformas educativas que, em seu nome, são implementadas. Inicialmente, pela constante desvalorização do seu salário – o que torna o trabalho docente desprestigiado frente às demais categorias profissionais, além de evasão de quadros e da superexploração daqueles que têm que estar em muitos lugares ao mesmo tempo para poder pagar as suas contas. O excesso de trabalho, além de prejudicar sua saúde, não permite que o professor prepare bem as suas aulas, que se atualize, que mantenha condições de ter um acompanhamento mais próximo dos seus alunos. Dessa forma, o professor é levado a se desumanizar e passa a ser um “dador” de aulas, que entra na sala quase sempre de forma mecânica para cumprir suas muitas jornadas de trabalho. Sua voz tende a ser a da repetição – e não a da criação, da discussão, da produção de conhecimentos.
Mas as reformas também pouco se preocupam com a prática do professor, com sua experiência de trabalho; afinal, dizem os dirigentes, é preciso instrumentalizá-lo para que exerça sua profissão com qualidade. Não é necessário pensar, basta um currículo centralizado, um material didático descritivo nas suas mãos e orientações de como transmitir o conteúdo. As avaliações de massa servem para que os alunos se comparem quanto a seu desempenho no jogo do mercado educacional e assim busquem, por vontade própria, aprender o não aprendido ou mudar de escola ou de professor. E assim vamos seguindo de reforma em reforma, de cima para baixo, tentando fazer da profissão docente uma peça na engrenagem constituída de fora para dentro das salas de aulas.
Então por que os professores não se expressam sobre suas condições de trabalho, sobre as mudanças que julgam necessárias, sobre o ofício de docente? Em conversas com jornalistas sobre a ausência da voz do professorado nas reportagens e matérias sobre políticas educacionais, foi identificado o tolhimento da sua expressão livre, baseado em mecanismos repressivos explícitos ou não.
Uma das formas de tolhimento da voz do professor é o Estatuto dos Funcionários Públicos. Conforme levantamento realizado pelo Observatório da Educação da Ação Educativa em 25 estados do País, em 18 deles professores e outros servidores têm sua liberdade de expressão cerceada. O texto varia entre os estados, mas, de modo geral, “tem o mesmo sentido: proíbe que funcionários públicos emitam publicamente opinião a respeito de atos da administração. Na prática, o estatuto permite que a crítica a uma política pública de educação, por exemplo, seja punida como referência depreciativa”. Dos 18 estados identificados, em 10 os estatutos foram produzidos durante a ditadura militar e até o momento não houve revogação; nos outros 8 estados, as leis já nasceram inconstitucionais, pois foram elaboradas na década de 1990.
Aplicado ou não o estatuto nos dias de hoje, a grande verdade é que ele permanece como uma espada sobre a voz pública do professor, condicionando-o a pedir permissão a seus superiores para poder expressar sua opinião, em particular em relação às políticas de seus governos.
A escola pública tem sido muito criticada, mas não há condições de resgate da sua qualidade sem a participação ativa dos seus professores e professoras. Participação ativa significa uma participação humanizadora, respeitadora da sua condição de profissional, que é ao mesmo tempo transmissor de conhecimentos, mas fundamentalmente produtor de conhecimentos.
Isso significa que respeitar sua dignidade é respeitar sua capacidade de analisar sua prática e construir os instrumentos e conhecimentos necessários a seu aprimoramento como profissional. Só há aprendizagem quando ocorre de dentro para fora, quando o docente se identifica em sua prática cotidiana como profissional e faz dela seu vínculo com seus alunos, com seus colegas, com a comunidade onde a escola está inserida.
O professor é o principal elo entre o aluno, sua vida e o conhecimento. Só ele é capaz de impor qualidade; isso significa que seu papel e sua voz são fundamentais. Reformas educativas que não consideram isso tendem a violentar a profissão docente e estão fadadas ao fracasso. Leis que amordaçam o professorado ou criam ambientes de tolhimento da liberdade de expressão tendem a calar a participação docente com sua experiência e conhecimentos como o principal instrumento para a melhoria da escola pública. A voz do professorado é essencial na construção da educação pública, universal e de qualidade; por isso...
Fala, mestra! Fala, mestre!
quinta-feira, 2 de outubro de 2008
A despolitização da política
Artigo - Frei Betto
Vinte anos da Constituição
Qual tipo de Assembléia Constituinte?
Em 1985, cumprindo uma das promessas de campanha da Aliança Democrática, chapa pela qual havia sido eleito, o presidente José Sarney deu início aos debates sobre a convocação da Assembléia Nacional Constituinte, cuja função seria a de elaborar e aprovar o novo texto constitucional.A principal divergência, na época, deu-se entre os setores que queriam uma eleição exclusiva para escolher os representantes na Assembléia, de um lado, e os que queriam transformar o Congresso Nacional numa Constituinte, de outro.Os que defendiam a convocação de uma Constituinte exclusiva, desvinculada do Congresso Nacional, argumentavam que os responsáveis pela elaboração da nova Carta Magna teriam mais legitimidade e independência para realizar seus trabalhos se fossem escolhidos estritamente para essa função.Além do mais, alegavam que transformar os deputados e senadores em parlamentares constituintes dificultaria qualquer mudança substancial, uma vez que os eleitos estariam mais comprometidos com seus próprios mandatos do que com qualquer transformação profunda da estrutura política, econômica e social do país.Esses setores, contudo, foram derrotados pelo governo, que conseguiu aprovar a transformação do Congresso Nacional a ser eleito em 1986 em Assembléia Constituinte. Aprovada a Carta Magna, os parlamentares voltariam às suas funções normais até o encerramento da legislatura, em 1990, quando seriam realizadas novas eleições.
O funcionamento da Constituinte
A Assembléia Nacional Constituinte, composta por 559 membros, sendo 487 deputados e 72 senadores, foi instalada oficialmente no dia 01 de janeiro de 1987. Esse número é menor que os atuais 513 deputados e 81 senadores porque, na época, o Brasil tinha apenas 22 estados mais o Distrito Federal. Amapá, Roraima e Tocantins foram transformados em estados apenas em 1988.Ao longo dos trabalhos, a Assembléia Constituinte esteve aberta a propostas de emendas populares. Para tanto, bastaria que as sugestões fossem encaminhadas por intermédio de associações civis e subscritas por, no mínimo, 30 mil assinaturas que atestassem o apoio popular à proposta. Até o encerramento dos trabalhos, a Assembléia Constituinte recebeu mais de 120 propostas de emendas constitucionais nas mais diversas áreas, reunindo cerca de 12 milhões de assinaturas.Politicamente, o grupo mais forte dentro da Assembléia Constituinte foi o Centro Democrático, popularmente conhecido como Centrão, base de apoio do governo Sarney formada por parlamentares do PMDB, PFL, PDS, PTB e algumas legendas menores.O Centrão, que representava setores sociais mais conservadores, sendo maioria na Constituinte, conseguiu decidir votações importantes, como a questão da reforma agrária, que manteve a distribuição desigual da terra, e o mandato presidencial, estendido para cinco anos.
A constituição aprovada em 1988 trouxe uma série de mudanças às Cartas Magnas anteriores. Além de qualificar como crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a tortura e as ações armadas, numa forma de romper com a experiência recente da ditadura militar, a Constituição também instituiu uma série de garantias sociais e políticas, o que levou o deputado Ulysses Guimarães a chamá-la de "Constituição cidadã". Entre elas, estavam a definição de uma jornada máxima de trabalho de 44h/semanais, a criação do seguro-desemprego e do FGTS, a ampliação da licença-maternidade para quatro meses, a garantia do direito de greve, além do estabelecimento de vários direitos coletivos e individuais, como, por exemplo, o habeas data - direito de qualquer de cidadão requerer, gratuitamente, informações que lhe digam respeito, constantes nos registros ou bancos de dados oficiais.Ao mesmo tempo, a nova Constituição instituiu a independência entre os poderes Executivo, Legislativo (Senado e Câmara dos Deputados) e Judiciário, substituiu o antigo decreto-lei pelas atuais medidas provisórias, restringiu o poder das Forças Armadas, manteve o voto obrigatório para maiores de 18 anos, estabeleceu eleições em dois turnos para presidente, governadores e prefeitos de municípios com mais de 200 mil habitantes e estendeu o direito a voto para analfabetos, cabos e soldados.
A revisão de 1993
No texto aprovado em 1988, estava prevista uma revisão depois de cinco anos. Durante os trabalhos de revisão constitucional, iniciados em 7 de outubro de 1993, o Congresso Nacional recebeu mais de 70 propostas de emenda de revisão, das quais apenas seis foram aprovadas.Naquele mesmo ano, foi realizado um plebiscito, também previsto na Constituição, para escolha da forma (monarquia ou república) e sistema de governo (parlamentarismo ou presidencialismo). Dos cerca de 90 mil eleitores que compareceram à consulta, apenas 7,5% deles votaram pelo retorno da monarquia - quase um século depois do fim do Segundo Reinado, em 1889.
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